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A Tríade da Luz

Tinta, Grafite, Papel. Cordas Vocais, Respiração, Diafragma. Cordas, Vibração, Caixa Acústica.

Cada forma de arte tem seus métodos e meios de execução. A Pintura trabalha com as cores, e também a fotografia… sem luz não há foto! Com a facilidade de acesso às câmeras semiprofissionais, cada vez mais pessoas se perguntam “Como tirar fotos no Manual?”, ou “O que significam as Letras M, A, S, P, da minha máquina?”.

Outra parte interessante, nessa geração onde as crianças nascem jogando em Smartphones, conversando com a Cortana e usando o Skype para falar com pessoas do outro lado do mundo raramente elas param para se perguntar “ok, mas como isso acontece?!”. De fato, como acontece o processo fotográfico? Quais são os passos envolvidos em fazer uma ligação telefônica? Se nossa tecnologia todo expirasse amanhã e você precisasse reconstrui-la, como você faria uma fotografia? Como fazer essa imagem que você está vendo agora ser transferida para o papel (ou tela)?

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O primeiro passo para entender esse processo é construção de uma câmara escura, se você nunca fez uma na escola eu recomendo acessar o link e ver o artigo do Wikipedia 🙂 Para você que nasceu após a invenção da máquina digital, houve “na antiguidade” uma coisa chamada Filme Fotográfico. O intuito era colocar o filme na máquina; para tirar uma foto você primeiro tinha que girar uma manivelinha para passar o filme (senão bateria uma foto em cima da outra), depois apertava o Obturador (Shutter), que abria o Diafragma (Aperture), a luz passava pelas lentes e o diafragma aberto, batendo nos filmes de diferentes sensibilidades (ISO) e registrando a imagem. Gira a manivela de novo! Há todo um processo químico para registrar a foto no filme (negativo) e para sua revelação mais tarde.

A essência do processo ainda é exatamente a mesma, mas o invés do filme nós hoje usamos um Sensor Fotográfico (cuja qualidade é dada em Pixels). Ahh, e não há mais manivelas!

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Ok, a parte da história eu posso falar sem medo, mas antes de falar da técnica eu preciso observar que eu sou um fotógrafo Amador, sem nenhuma certificação! Tudo que aprendi foi via o canal PhotographersOnYoutube com o caríssimo Gibran – que ensina por amor, totalmente de graça – e com o KarlPhotography, do qual eu inclusive comprei um curso em DVD 🙂

Quanto à técnica, há 3 coisas que controlam o fator mais importante da fotografia: A Luz. Essas três coisas são o ISO (sensibilidade do Sensor à Luz), a Aperture (abertura do diafragma), e o Shutter Speed (velocidade do obturador). Eles controlam a quantidade de Luz da seguinte maneira:

ISO: Ele é literalmente o quão sensível à luz sua câmera estará. Quanto maior for esse valor, mais sensível sua máquina estará à luz, ou seja, mais fácil tirar fotos em ambientes escuros. Como tudo na vida é um trade-off, ao aumentar o ISO você aumenta também a granularidade na foto, perdendo nitidez. Quanto maior for esse número, mais sensível a foto.

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ISO: 3.200 | 1/10 s | F 4

A foto acima, da Piazza San Marco, foi tirada à noite, e a exposição não poderia ser muito longa (escolhi um décimo de segundo) para que os músicos não ficassem muito borrados. Por isso abri a lente o máximo que pude a essa distância (F4) e aumentei a sensibilidade do sensor (ISO 3200) o suficiente para a foto não ficar muito granulada.

Aperture: a Abertura do diafragma da Máquina funciona tal qual nossos olhos. Quanto mais dilatada (aberta) estiver a pupila, mais luz entrará nos olhos, quanto menor ela estiver, menos luz teremos. O aperture é essencial para outras coisas na foto, como a Profundidade de Campo (Depth of Field) mas isso pode ficar para frente!! Quanto maior o número, menor a abertura do diafragma.

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ISO: 2.000 | 1/800 s | F 1.4

Fizemos essa foto no Scenna Foto Studio, e o fotógrafo optou por aumentar um pouco a sensibilidade (ISO 2000) e manter a velocidade bem alta (1/800 segundo) – provavelmente para não perder nenhum momento criativo no estúdio – e usou a Abertura da lente para poder entrar mais luz em uma velocidade tão alta, e para me colocar em primeiro plano, desfocando a Ana ao fundo. Quanto maior a abertura da lente, mais desfocado fica o segundo plano.

Shutter Speed: A velocidade do obturador refere-se a quão rápido o Aperture vai abrir e fechar. Quanto maior for essa velocidade, menos tempo ele ficará aberto, e menos luz entrará. O Shutter Speed é extremamente importante também para garantir que suas fotos não fiquem borradas quando há movimento, ou para tirar fotos de longa exposição à noite (exige tripé).

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ISO: 200 | 13 s | F7.1

A foto acima foi feita com um tripé, uma vez que com 13 segundos de lente aberta qualquer movimento borraria completamente a foto. o intuito era ter uma foto do “Skyline” de Seattle, então a Abertura da lente foi pequena (F7.1) para manter tudo em foco, enquanto a entrada de luz à noite foi controlada com uma exposição prolongada.

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ISO: 800 | 1/80 s | F 5.6

Essa foto utiliza uma técnica chamada de Panning, onde a máquina deve acompanhar o objeto de foco, com uma velocidade não muito alta do obturador, para deixar o fundo desfocado. Por isso que, mesmo sendo um esporte que requer uma velocidade de obturador alta, essa foto foi feita com 1/80 segundos

Quando você usa sua máquina no automático, ela mesma calcula quais deverão ser os valores de ISO, Aperture, e Shutter Speed para que sua foto fique com a exposição correta. Máquinas profissionais ou semi, te oferecem a opção de controlar manualmente esses valores. Tanto a câmera no automático quanto você no manual vão usar um dispositivo da câmera chamado Metering para servir como uma prévia da qualidade de sua exposição. Isso significa que a câmera calcula antes de tirar a foto se ela vai ficar com muita luz (aquela imagem estourada, toda esbranquiçada) ou pouca luz (imagens escuras, difícil de discernir os objetos e silhuetas) ou no ponto certo.

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Há diversas formas de fazer o set up do Metering, então fique atento ao seu. Ele pode ser via a paisagem como um todo, Parcial, ou de um Ponto específico. Isso é importante porque, se o Metering estiver em um ponto específico e você acidentalmente colocar esse ponto em uma área de sombra ele vai te mandar fazer tudo para aumentar a exposição à luz, por exemplo, aumentar o ISO, diminuir a velocidade do obturador, e aumentar o Aperture. O resultado será uma foto onde você vê apenas a área sombreada e o reto da foto é um borrão Branco 🙂

Quanto ao M, A, S, P da máquina, significam:

M – Manual, tire fotos controlando manualmente todas as funções da máquina.

A – Aperture, você define o Aperture, o resto é no automático.

S – Shutter Speed, você define a Velocidade da foto, o resto é no automático.

P – Programações que você define na sua máquina

Obs: as nomenclaturas podem variar entre as marcas, essas são as utilizadas pela Nikon.

Essas são algumas dicas iniciais para ajudar quem estiver começando e para pessoas que não sabem o que significam as opções de suas câmeras!

Espero que tenha ajudado!

Deixe seus comentários, dúvidas, e sugestões abaixo 🙂

Um novo Hobby!

Quando eu descobri que tradicionalmente as reuniões anuais do meu time aconteciam em Dublin na Irlanda e que em cerca de Dez meses eu poderia viajar para o tradicional território Celta, eu instantaneamente lembrei de dois amores antigos:

  1. Música Celta
  2. Paisagens e suas Fotografias

Mal sabia eu que voltaria de Dublin com alguns amores novos adicionados à lista, como Guinness, Pubs, e Jameson!

Pensando nisso eu comecei a ver mais e mais fotos de paisagens, até que um dia eu cruzei (relembrei, na verdade) com esse shot das Rocky Mountains:

Rocky Mountains - By Iudicibus
Rocky Mountains – By Iudicibus

Eu tinha visto essa foto em Julho de 2011… E como bem disse DiCaprio no filme Inception, a ideia é uma das maiores forças da Natureza… Ela fica lá no fundo da sua mente esperando o momento certo para aflorar e voltar à tona! Enfim, quase um ano depois de ver essa foto eu decidi que compraria uma boa Máquina DSLR (Digital Single Len`s Reflex) e aprenderia a reproduzir isso. Meu sonho era viajar até esses lugares magníficos e registrá-los de uma forma que me daria orgulho em mostrar aos amigos depois! Afinal, o Iudicibus não simplesmente tirou uma câmera qualquer do bolso, apontou para qualquer lado, e apertou um botão. Ele tirou um instrumento preciso da bolsa, escolheu a melhor lente para essa Paisagem… Ponderou sobre a Luz. Olhou atentamente os arredores e escolheu os melhores ângulos para testar, até se abaixar no meio da rua para registrar essa obra de arte! E era precisamente isso que eu buscava.

Estava cansado daquele desespero e necessidade quase automática de “apertar o botão” e compartilhar na internet depois. Fotos tiradas de forma tão superficial quanto as pessoas têm aproveitado tais momentos. Sentia cada vez mais forte que as fotos deixaram de ser algo para nós mesmos, para relembrarmos momentos que apreciamos, e passaram a ser algo para provar aos outros, para nos exibir… Assim como algumas experiências.

Pois bem, comecei então a pesquisar as máquinas. Com tantas opções por onde começar? As tradicionais Nikon, ou Canon? Talvez uma Sony? Ou, alguma outra marca? Sendo uma Nikon, qual modelo?! Quais as diferenças?! O que um amador como eu sentiria de diferença entre todas elas, afinal?! E por que Diabos tantas lentes diferentes?! Gizuis, faz tanta diferença assim mesmo uma lente?! Achei que lente era só para dar Zoom!

Depois de pesquisar muito, de conversar com vários donos dos mais diversos modelos, um amigo me disse o seguinte “no fim do dia é quase igual… O que muda mesmo é a interface da câmera. Canon é mais user friendly, Nikon tem mais opções de customização. O que vai fazer diferença nas suas fotos de verdade são as lentes”. Em um site comparativo que dava notas a cada quesito encontrei o texto que me tirou a dúvida: “A Nikon D5100 é ligeiramente superior à rival Rebel T3i na qualidade das fotografias, enquanto o vídeo e microfone da Canon (T3i) são superiores à concorrente”.

Mais para frente eu vou falar um pouco sobre o que aprendi nessa breve jornada, mas se você está escolhendo sua câmera também, esses foram os links para revieews (em Inglês) mais úteis para mim:

http://www.dpreview.com/reviews/nikond5100

http://www.dpreview.com/reviews/canoneos600d/

Ex: de vídeo da D5100 https://www.youtube.com/watch?v=HpVOSuGbByg

-> Quando eu assisti esse vídeo pensei “se essa é a parte ruim da máquina eu quero logo a parte boa!

Tudo que aprendi sobre fotografia foi pelo canal PhotographersOnYoutube com o caríssimo Gibran que ensina por amor, totalmente de graça, e com o KarlPhotography, do qual eu inclusive comprei um curso em DVD 🙂 Mais para frente vou compartilhar o pouco que sei no intuito de ajudar aqueles que sabem ainda menos e querem dar os primeiros passos!

Agora, deixe-me compartilhar um pouco de uma das paisagens mais impressionantes que já vi! Para juntar os dois amores (Música e Fotos) e entrar no clima, dê o play no vídeo abaixo e mergulhe nas paisagens das Montanhas de Wicklow!

Jhonnie Foxs` backyard
Jhonnie Foxs` backyard
Glencullen in Dublin, Ireland!
Glencullen in Dublin, Ireland!
Lonely man walking on tipical Dublin weather at Glencullen in Dublin, Ireland!
A Lonely man walking on typical Dublin weather at Glencullen in Dublin, Ireland!

 

Jhonnie Foxs Pub in Dublin, Ireland
Jhonnie Foxs Pub in Dublin, Ireland
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails

E, para terminar em um tom engraçado, Kung Fu!

Everybody was Kung Fu Fighting!
Everybody was Kung Fu Fighting!

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