Arquivo da categoria: Nerdy Talks

Adicionando conteúdo para as conversas de corredor, bebedouro, café, copa, e eventualmente, mesa de bar!!

Top 7 Dicas de Social Media

No começo de Setembro tive a honra de participar do programa Em Contexto, onde o queridíssimo Edson Rossatto e eu conversamos sobre algumas dicas de Mídias Sociais para novos escritores que querem divulgar seu trabalho. Se você tiver um tempinho (30 minutos) livre, assista aqui nesse vídeo:

Bom, se você assistiu o vídeo vai sentir que… meio que ficou faltando alguma coisa, né?! Faltaram alguns exemplos práticos, e dicas diretas! O intuito desse post é compartilhar justamente as Top 7 dicas para ajudar você, novo criador de conteúdo, a compartilhá-lo com o mundo! Tenha sempre isso em mente, Marketing Digital é igualzinho Marketing tradicional, só que potencializado pelo alcance do Digital (o mundo inteiro) e com uma das minhas coisas preferidas: Aqui, tudo tem registro!

1. Qual é o seu talento?

A palavra chave no mundo digital é Relevância. Agora vivemos em um mundo onde há excesso de conteúdo. Toda criança com uma câmera vira Youtuber. Qualquer iliterato de boa vontade vira Blogger. Então o segredo é ser e ter conteúdos Relevantes. Descubra qual o seu talento e explore-o.

Tem uma voz maravilhosa?! Então por que raios escondê-la atrás da sua escrita? Faça um podcast, apareça em um vídeo! É carismática? Bota a cara na tela 😀 .. desenha bem pacas?! Inclua suas artes para a galera conferir!  De um jeito ou de outro, o importante é pensar “qual o meu diferencial, e porque alguém se daria ao trabalho de compartilhar isso com os amigos?” Se você sabe a resposta à essas perguntas não perca tempo!

2. Ouça, Aprenda, Interaja, Monitore, e Teste!!

Falamos em interagir, certo? Bom, mas também não é o melhor cenário do mundo sair interagindo a esmo, sem uma estratégia ou inteligência por trás disso. Tenha em mente o que eu disse no vídeo sobre as pessoas na praça separando em grupos. Se você está em um grupo conversando e, de repente, chega um sem noção falando alto, interrompendo todo mundo e tentando chamar a atenção, o que você vai pensar dele? Aqui é a mesma coisa, então primeiro OUÇA.

Com isso você vai, espera-se, aprender como seu público pensa, fala, e age. Com essa inteligência você poderá interagir com seu público.

Também é importante monitorar a performance de seus posts, o que as pessoas estão comentando sobre você e seus assuntos chave, e testar! Teste horários, dias, feriados, dias comemorativos diferentes e a performance do post. Quais hashtags funcionam melhor?! Para isso, você pode usar bastante as ferramentas que falaremos à frente!

3. Interaja…Sempre!

É óbvio que as pessoas mais famosas nas redes não vão conseguir responder toda e qualquer pessoa que falar com elas, mas tente de alguma forma interagir com seus fãs, faça-os sentirem-se especiais e, de alguma forma, privilegiados por acompanharem seu trabalho!

Saiba também quem são os maiores influenciadores do seu público alvo. Vai falar com Nerds? Todos eles seguem o @JovemNerd, o @NerdPai, o @GordoGeek. Se esses caras gostarem do seu conteúdo e pró-ativamente compartilharem com os fãs dele você está feito!

Pense também sempre em como engajar seu público fiel! O Word Online é gratuito e permite que várias pessoas criem um .doc ao mesmo tempo, por que não convidar seus fãs mais engajados a criar uma história com você?! Se precisar de ajuda com isso, é só me chamar!!

4. Use as ferramentas a seu favor!

Uma das coisas mais fascinantes do mundo Digital é que tudo pode ser rastreado. Se você abrir uma bomboniere, vai conseguir saber quantos clientes teve em um dia, qual a receita da Manhã Vs Tarde, os produtos que vendem mais, e etc. Mas em uma bomboniere digital eu posso, além disso, te dizer quantas pessoas entraram na loja, que produtos ela viram, em que momento desistiram da compra, descobrir que 75% das pessoas que compararam bubbaloo também compraram um suco, e outras coisas que nos ajudam a vender mais!

Podemos também pensar em como rastrear nossas comunicações. Que tal saber quantas pessoas foram expostas a uma Hashtag, quantas retweetaram algo, ou clicaram no seu link?!

O Tweetreach te permite consultar informações de uma Hashtag, ou de uma pessoa. No final desse post tem uma lista com as minhas ferramentas preferidas.

5. Mantenha uma cadência- frequência de posts

Essa é uma das partes mais difíceis na minha opinião, principalmente para quem não escreve de forma profissional. É importante de qualquer forma manter uma cadência para que seus leitores saibam quando esperar algo de você. Nada pior que um Blog/Perfil/Canal cuja última atualização foi no ano passado. Por que seguir essa pessoa?

Defina a frequência dos seus posts e faça o seu melhor para seguir com ela. Mas saiba, é difícil 🙂

6. Tenha em mente que, cada vez mais, o Facebook se transforma em um canal de mídia

Você quer ganhar dinheiro, certo? Pois é, o Facebook também… há duas formas de atingir seu público no Facebook, uma é com o que chamamos de Alcance Orgânico, e outra é com a mídia Paga.

Imagine que você tem uma página com 100 likes. Em 2010, se você postasse alguma atualização, o Facebook ia mostrar seu post para umas 50 pessoas que o algoritmo deles achava que teriam maior probabilidade de gostar. Em 2011 esse número baixou para 30 pessoas, em 2012 caiu mais um pouquinho, e foi caindo ano após ano e hoje, 2015, está próximo das 3 (Três) pessoas. É claro que há formas de aumentar esse número, e o pessoal do Catraca Livre é gênio nisso. As Palavras-chave para essa mágica são Relevância e Boca-a-boca.

Então, no Facebook, hoje a melhor forma de atingir seu público é postar uma coisa tão legal e pertinente que todo mundo vai querer compartilhar ou pagar para mostrar seu post para mais pessoas.

7. SEO é essencial, para qualquer coisa

Uma característica maravilhosa do mundo digital é que aqui nós podemos servir nosso conteúdo/produto/serviço à pessoa no momento em que ela precisar. Ao invés de colocar um anúncio de seu Perfume na revista da cidade que o pessoal vai ler no troninho, por que não colocá-lo como banner no site da Balada com uma chamada “Não vai conquistar ninguém com cheiro de Jornada de 40 horas, certo? Compre o Perfume X e faça sucesso!”. Clicou no banner cai na loja online, com uma foto de um Casal na balada, fazendo uma alusão ao quão cheiroso eles são e um botão gigante escrito “Compre agora com Y% de Desconto!”.

Ou então você pode garantir que quando as pessoas pesquisem por Perfume no Google, Bing, Yahoo, ou qualquer outro buscador elas vejam sua página em primeiro lugar! Para isso tem duas formas: Pagar (SEM –Search Engine Marketing) ou Otimizar (Search Engine Optimization).

Um dos meus trabalhos é a otimização constante das páginas do Office.com para que sempre que alguém buscar por Microsoft Office, encontre nossas páginas.

Conhecer as técnicas de SEO é primordial, e recomendo que vocês se aprofundem no assunto. Ter um blog, página, perfil, qualquer presença digital e não fazer SEO, é como ter a melhor câmera fotográfica do mundo e deixá-la sempre na gaveta do escritório. De que ela serve?

É isso, espero que as dicas ajudem tantos escritores por ai a divulgarem melhor seus conteúdos. Temos tantos gênios talentosos criando coisas lindas… espero ajudá-los a compartilhar isso!

Não deixe de conferir abaixo minha lista de ferramentas de Analytics preferidas!

Analytics

TweetReach.com – Permite que você procure por Hashtags e sua performance. Por que não usar a Hashtag do seu livro “#LivrodoDbm505” nos seus posts para acompanhar o resultado depois?!

Klout.com – O Klout é uma ferramenta bem interessante. Ele tenta criar um Ranking que mede a sua influência nas mídias sociais. Quanto mais alto o número, melhor. Uma bela forma de acompanhar seu avanço na rede.

TweetDeck.twitter.com – Ótima ferramenta para os amantes do Twitter. Veja seu feed, quem te mencionou, listas que você quiser, buscas por palavra-chave… por exemplo, sempre que alguém tweeta algo que tenha “office.com” escrito, eu vejo 😀

Analytics.Twitter.com – Ferramenta do próprio twitter, bem completa!

Analytics da sua Página no Facebook – Mesma coisa acima, ótimas ideias saem daqui!

Analytics do seu canal do Youtube – Meu preferido dos Analytics próprios! Veja quantas pessoas entraram no canal, quantas viram o vídeo, minutos assistidos, quantos % do vídeo as pessoas assistiram de fato, entre outros!

HootSuite – Ferramenta no estilo do TweetDeck, mas te permite (gratuitamente) acompanhar até 3 contas, podendo ser do Twitter, do Facebook, do Instagram, do Youtube… bem mais completinha!

Sua ideia é ridícula o suficiente para chamar atenção?

Mas que ideia idiota….

Esse post foi inspirado pelo post “The Ridiculous Ideas” de Andy Sernovitz.

Está ai uma palavra chave: Atenção! Nós somos constantemente bombardeados por informações em todos os lugares. Sejam os cartazes nas ruas, Comerciais na Tv, Sons, Imagens, Rádio… Temos duas opções: absorver tudo e ficar louco, ou ignorar uma parte através de uma atenção seletiva.

Nesse oceano de informações, uma estratégia para chamar a atenção e aumentar nossas chances de sermos notados é ser interessante! E uma coisa que pode ser bem interessante são justamente as ideias mais idiotas que você tiver!

200 Dúzias de Donuts!

200 Dozens Box
200 Dozens Box

A marca de Donuts Krispy Kreme do Reino Unido queria comunicar aos seus clientes que agora tinham um novo serviço de grandes entregas para eventos. Para isso eles queriam entregar seu primeiro pedido de 2.400 Donuts (200 dúzias) de uma forma que chamasse a atenção. Foi ai que alguém teve a brilhante ideia de pegar a caixa tradicional de entrega de 1 dúzia de Donuts e superdimencioná-la para carregar as 200 dúzias. Ou seja, fazer uma caixa de 3m x 1m tão pesada que foram necessários 8 homens para carregá-la.

Obviamente teria sido bem mais fácil enviar um caminhão com 200 caixinhas normais de 1 dúzia, mas isso não teria chamado a atenção dos consumidores, da mídia local, e das inúmeras pessoas que contaram o inusitado causo para os amigos! Afinal, entregar Donuts não é nada extraordinário, mas uma caixa que cabem 3 pessoas dentro é!

Notícia Original: Slate.com

Entregar seu Carro…em uma Caixa!

Amazon delivery Box
Amazon delivery Box

Em Setembro de 2013 a Amazon e a Nissan fizeram uma parceira onde os clientes poderiam comprar o novo modelo Nissan Versa através de uma página na Amazon. Além disso, quem comprasse o carro até 30 dias depois do orçamento inicial ganharia um cupom de 1.000 dólares da varejista. Em Janeiro de 2014, começaram a aparecer em alguns pontos dos EUA algumas caixas gigantes da Amazon. As fotos das caixas, e discussões sobre o que poderia ter lá dentro, tomaram conta da Internet! Até que finalmente as empresas anunciaram que eram apenas alguns dos Nissan Versa que eles estavam entregando!

As empresas poderiam ter simplesmente contatado os clientes, promovido a Página de compra, vendido os carros, e comemorado as vendas! Entrega do carro? Normal, manda o dono buscar na concessionária. Mas com essa brincadeirinha final, ambas conseguiram manter a conversa viva por mais tempo. Mídia como essa é muito difícil de comprar 🙂

Notícia Original: Recode.net

Um Tanque de Guerra de Livros!

https://vimeo.com/121404768

Para comemorar o dia Mundial do Livro, o artista Argentino, Raul Lemesoff, foi contratado pela 7UP para produzir um “Tanque de Guerra de Livros”. Veja no vídeo abaixo a brincadeira:

A 7UP podería ter simplesmente distribuído os 1.000 livros para comemorar o dia? Sim, podería. Mas ela seria apenas mais uma entre as várias outras. Já um “tanque de guerra” jogando livros no meio da cidade é algo realmente diferente e que chama a atenção das pessoas!

Notícia original: ThisIsColossal

E sua marca, o que tem feito para chamar a atenção? Ela é inovadora e chamativa, ou apenas mais uma das que compram comerciais que eu não vejo e uso para meu “bio-brake” durante os filmes e séries?

Previsão do Tempo: Ótimo dia para ver Flores!

Em Outubro de 2014 eu tive um dos maiores e mais exóticos prazeres que um viajante pode pedir: Conhecer o Japão. A cultura desse povo é tão diferente da nossa, que nos resta apenas assistir com muita admiração os seus costumes e rituais. Os Japoneses têm costumes muito diferentes e chamativos: uma cortesia exacerbada, um conceito profundo de respeito e honra que podem causar estranhamento a princípio.

Uma ação bem interessante, e que deveria chamar a atenção de todo profissional de Marketing, é como alguns jornais Japoneses passam a previsão do tempo. Afinal, é nosso trabalho pensar em como nossos produtos e serviços serão utilizados e trarão valor aos consumidores.

Enfim, por que diabos alguém se dá ao trabalho de ver a previsão do tempo? O que significam esses números, em Graus Celsius, Fahrenheit, ou a velocidade do vento, ou humidade relativa do ar? Eu não ligo a mínima para a humidade relativa do ar (em números) o que me interessa é se meus olhos e gargantas estarão secos ou não.

As vezes nós nos perdemos no nosso próprio mundinho e achamos que porque trabalhamos com aqueles índices, siglas, ou padrões, eles devem servir ao resto do mundo. Afinal, o resto do mundo é apenas uma extensão do meu próprio universo, não?

Não.

Pensando nisso, os Japoneses levaram em conta o que os consumidores da previsão do tempo realmente querem realizar com essa informação, e criaram alguns Índices. Acompanhando a previsão do tempo temos os seguintes índices:

Índice: Roupas ao Varal

Previsão do Clima Japonesa
Índice de previsão do Clima Japonês

Assim como no Brasil, os Japoneses dependem mais do clima do que de secadoras para secar suas roupas. Esse índice mostra em quais lugares estará mais propício para lavar e secar suas roupas rapidamente.

Índice: Pastilha para Tosse

Índice de previsão do Clima Japonês
Índice de previsão do Clima Japonês

O tempo estará muito seco? Nessas regiões acima, seria interessante ter pastilhas para a garganta se quiser evitar a tosse no tempo seco.

Índice: Passeio no Bosque

Índice de previsão do Clima Japonês
Índice de previsão do Clima Japonês

Mostra os locais onde o clima estará mais favorável para brincar ao ar livre.

Índice: Filtro Solar

Índice de previsão do Clima Japonês
Índice de previsão do Clima Japonês

Mostra os lugares onde a radiação solar estará mais alta e onde o pessoal precisa caprichar no filtro solar.

E meu favorito…

Índice: Hanami

Índice de previsão do Clima Japonês
Índice de previsão do Clima Japonês

Os Japoneses amam a fauna local, e o Hanami é uma festa realizada para admirar as Cerejeiras Florescendo. Esse índice mostra em quais lugares do Japão estará mais propício para fazer o seu Hanami e encantar seus convidados!

Está ai mais uma coisa sensacional que podemos aprender com a terra dos animes, onde o Clima é apresentado com um personagem específico para cada estação. Conheça a Haru-chan (Haru significa primavera) que acompanha o Weather forecast da NHK no Japão durante a primavera:

Anime para apresentar a previsão do Clima no Japão.
Anime para apresentar a previsão do Clima no Japão.

E você, o que faz com seus clientes? Mostra a eles quando podem fazer uma festa, ou quantos Graus está lá fora?

Esse post foi baseado no Sway: Japanese Weather Forecast disponível em https://sway.com/jdbhZ9qm3xdb4W3X e todas as figuras e informações foram retiradas dessa fonte.

A Tríade da Luz

Tinta, Grafite, Papel. Cordas Vocais, Respiração, Diafragma. Cordas, Vibração, Caixa Acústica.

Cada forma de arte tem seus métodos e meios de execução. A Pintura trabalha com as cores, e também a fotografia… sem luz não há foto! Com a facilidade de acesso às câmeras semiprofissionais, cada vez mais pessoas se perguntam “Como tirar fotos no Manual?”, ou “O que significam as Letras M, A, S, P, da minha máquina?”.

Outra parte interessante, nessa geração onde as crianças nascem jogando em Smartphones, conversando com a Cortana e usando o Skype para falar com pessoas do outro lado do mundo raramente elas param para se perguntar “ok, mas como isso acontece?!”. De fato, como acontece o processo fotográfico? Quais são os passos envolvidos em fazer uma ligação telefônica? Se nossa tecnologia todo expirasse amanhã e você precisasse reconstrui-la, como você faria uma fotografia? Como fazer essa imagem que você está vendo agora ser transferida para o papel (ou tela)?

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O primeiro passo para entender esse processo é construção de uma câmara escura, se você nunca fez uma na escola eu recomendo acessar o link e ver o artigo do Wikipedia 🙂 Para você que nasceu após a invenção da máquina digital, houve “na antiguidade” uma coisa chamada Filme Fotográfico. O intuito era colocar o filme na máquina; para tirar uma foto você primeiro tinha que girar uma manivelinha para passar o filme (senão bateria uma foto em cima da outra), depois apertava o Obturador (Shutter), que abria o Diafragma (Aperture), a luz passava pelas lentes e o diafragma aberto, batendo nos filmes de diferentes sensibilidades (ISO) e registrando a imagem. Gira a manivela de novo! Há todo um processo químico para registrar a foto no filme (negativo) e para sua revelação mais tarde.

A essência do processo ainda é exatamente a mesma, mas o invés do filme nós hoje usamos um Sensor Fotográfico (cuja qualidade é dada em Pixels). Ahh, e não há mais manivelas!

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Ok, a parte da história eu posso falar sem medo, mas antes de falar da técnica eu preciso observar que eu sou um fotógrafo Amador, sem nenhuma certificação! Tudo que aprendi foi via o canal PhotographersOnYoutube com o caríssimo Gibran – que ensina por amor, totalmente de graça – e com o KarlPhotography, do qual eu inclusive comprei um curso em DVD 🙂

Quanto à técnica, há 3 coisas que controlam o fator mais importante da fotografia: A Luz. Essas três coisas são o ISO (sensibilidade do Sensor à Luz), a Aperture (abertura do diafragma), e o Shutter Speed (velocidade do obturador). Eles controlam a quantidade de Luz da seguinte maneira:

ISO: Ele é literalmente o quão sensível à luz sua câmera estará. Quanto maior for esse valor, mais sensível sua máquina estará à luz, ou seja, mais fácil tirar fotos em ambientes escuros. Como tudo na vida é um trade-off, ao aumentar o ISO você aumenta também a granularidade na foto, perdendo nitidez. Quanto maior for esse número, mais sensível a foto.

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ISO: 3.200 | 1/10 s | F 4

A foto acima, da Piazza San Marco, foi tirada à noite, e a exposição não poderia ser muito longa (escolhi um décimo de segundo) para que os músicos não ficassem muito borrados. Por isso abri a lente o máximo que pude a essa distância (F4) e aumentei a sensibilidade do sensor (ISO 3200) o suficiente para a foto não ficar muito granulada.

Aperture: a Abertura do diafragma da Máquina funciona tal qual nossos olhos. Quanto mais dilatada (aberta) estiver a pupila, mais luz entrará nos olhos, quanto menor ela estiver, menos luz teremos. O aperture é essencial para outras coisas na foto, como a Profundidade de Campo (Depth of Field) mas isso pode ficar para frente!! Quanto maior o número, menor a abertura do diafragma.

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ISO: 2.000 | 1/800 s | F 1.4

Fizemos essa foto no Scenna Foto Studio, e o fotógrafo optou por aumentar um pouco a sensibilidade (ISO 2000) e manter a velocidade bem alta (1/800 segundo) – provavelmente para não perder nenhum momento criativo no estúdio – e usou a Abertura da lente para poder entrar mais luz em uma velocidade tão alta, e para me colocar em primeiro plano, desfocando a Ana ao fundo. Quanto maior a abertura da lente, mais desfocado fica o segundo plano.

Shutter Speed: A velocidade do obturador refere-se a quão rápido o Aperture vai abrir e fechar. Quanto maior for essa velocidade, menos tempo ele ficará aberto, e menos luz entrará. O Shutter Speed é extremamente importante também para garantir que suas fotos não fiquem borradas quando há movimento, ou para tirar fotos de longa exposição à noite (exige tripé).

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ISO: 200 | 13 s | F7.1

A foto acima foi feita com um tripé, uma vez que com 13 segundos de lente aberta qualquer movimento borraria completamente a foto. o intuito era ter uma foto do “Skyline” de Seattle, então a Abertura da lente foi pequena (F7.1) para manter tudo em foco, enquanto a entrada de luz à noite foi controlada com uma exposição prolongada.

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ISO: 800 | 1/80 s | F 5.6

Essa foto utiliza uma técnica chamada de Panning, onde a máquina deve acompanhar o objeto de foco, com uma velocidade não muito alta do obturador, para deixar o fundo desfocado. Por isso que, mesmo sendo um esporte que requer uma velocidade de obturador alta, essa foto foi feita com 1/80 segundos

Quando você usa sua máquina no automático, ela mesma calcula quais deverão ser os valores de ISO, Aperture, e Shutter Speed para que sua foto fique com a exposição correta. Máquinas profissionais ou semi, te oferecem a opção de controlar manualmente esses valores. Tanto a câmera no automático quanto você no manual vão usar um dispositivo da câmera chamado Metering para servir como uma prévia da qualidade de sua exposição. Isso significa que a câmera calcula antes de tirar a foto se ela vai ficar com muita luz (aquela imagem estourada, toda esbranquiçada) ou pouca luz (imagens escuras, difícil de discernir os objetos e silhuetas) ou no ponto certo.

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Há diversas formas de fazer o set up do Metering, então fique atento ao seu. Ele pode ser via a paisagem como um todo, Parcial, ou de um Ponto específico. Isso é importante porque, se o Metering estiver em um ponto específico e você acidentalmente colocar esse ponto em uma área de sombra ele vai te mandar fazer tudo para aumentar a exposição à luz, por exemplo, aumentar o ISO, diminuir a velocidade do obturador, e aumentar o Aperture. O resultado será uma foto onde você vê apenas a área sombreada e o reto da foto é um borrão Branco 🙂

Quanto ao M, A, S, P da máquina, significam:

M – Manual, tire fotos controlando manualmente todas as funções da máquina.

A – Aperture, você define o Aperture, o resto é no automático.

S – Shutter Speed, você define a Velocidade da foto, o resto é no automático.

P – Programações que você define na sua máquina

Obs: as nomenclaturas podem variar entre as marcas, essas são as utilizadas pela Nikon.

Essas são algumas dicas iniciais para ajudar quem estiver começando e para pessoas que não sabem o que significam as opções de suas câmeras!

Espero que tenha ajudado!

Deixe seus comentários, dúvidas, e sugestões abaixo 🙂

Biomecânica e o Futuro

“As pessoas não têm deficiências ou limitações. É nossa tecnologia que é inadequada […] Níveis básicos das funções fisiológicas deveriam ser parte de nossos direitos humanos.” Herr, 2014.

imageDr. Hugh Herr perdeu ambas as pernas após uma gangrena decorrida de longa exposição ao frio e gelo em uma de suas escaladas. Um jovem atlético e apaixonado por esportes radicais, Hugh disse que nunca se viu como deficiente: “Um humano nunca está quebrado”.

O jovem brilhante percebeu que a tecnologia disponível para próteses que precisava ser desenvolvida. Ele notou o potencial dos membros mecânicos para ajudá-lo na em suas escaladas, e começou a desenvolver pernas específicas para cara necessidade, permitindo que escalasse de novas formas!

Perna desenhada especificamente para Escaladas.
Perna desenhada especificamente para Escaladas.
Perna desenhada especificamente para escaladas na neve.
Perna desenhada especificamente para escaladas na neve.
Perna desenhada especificamente para Escaladas.
Perna desenhada especificamente para Escaladas.

Herr é um PhD trabalhando no MIT com pesquisas de desenvolvimento biomecatrônico. Vale observar que os membros biônicos não são meras próteses. Há todo um conceito imitando a natureza, onde o membro oferece um equilíbrio imageentre firmeza e suavidade, assim como nosso corpo. A pesquisa possibilita membros realmente funcionais, e não apenas as mais conhecidas próteses atuais, que muitas vezes funcionam mais como cosmética ou “quebra-galho” do que de realmente para restaurar a capacidade motora.  Há 3 princípios básicos nessa interface:

  • Mecânico: Como os novos membros são anexados ao corpo.
  • Dinâmico: Como fazê-los se movimentar como ossos e músculos
  • Elétrico: Como eles se comunicam com o sistema nervoso.

Outro lado dessa pesquisa foca não apenas em partes robóticas para substituir membros biológicos perdidos, mas também exoesqueletos – “armaduras” que podemos vestir para incrementar nossas capacidades físicas. Traduzindo, eles trabalham para tornar reais tanto o Robocop quanto o Iron Man 🙂

Exemplo de Exoesqueleto para proteger as juntas de um corredor.
Exemplo de Exoesqueleto para proteger as juntas de um corredor.

“Como pode, em nosso atual estágio tecnológico, os sapatos ainda nos causarem bolhas? A gente não faz a menor ideia de como anexar coisas ao nosso corpo.”

De fato esse avanço tecnológico traz inúmeras possibilidades, assim como outras tantas questões morais. Imagine que em 30 anos, assim como hoje uma menina de 16 anos já decide pôr silicone para “melhorar” sua aparência (segundo o atual padrão de beleza aceito pela sociedade), um garoto pode decidir que quer substituir seu atual braço biológico esquerdo por uma potente e versátil versão robótica. Ou uma garota que opta por substituir seus olhos por incrementadas versões eletrônicas que adicionem zoom, opção de gravação, e visão noturna; tudo sincronizado diretamente com a nuvem para consultas posteriores. Ou seja, um Legolas melhorado. As oportunidades são ilimitadas na verdade.

No livro Física do Futuro, o Dr. Michio Kaku fala sobre suas previsões para a humanidade nos próximos 100 anos. Ao contrário da mãe Dináh, Dr. Kaku não está consultando os astros em suas previsões, ele na verdade colocou de forma linear quando as tecnologias em desenvolvimento hoje chegarão ao mercado. Uma das melhores partes é a frase de abertura, que diz “todas as tecnologias citadas nesse livro para as previsões futuras já existem, de alguma forma, hoje. Seja em formas primitivas de pesquisa ou em retoques finais”.

Por exemplo, em 2011 – quando o livro foi lançado- Michio Kaku não falava do Google Glass, mas sim de uma forma mais avançada de construção de uma Lente de Contato computadorizada que trará informações sincronizadas direto da Internet para nossos olhos. Ele falava das lentes 2 anos do lançamento do Óculos 🙂

O Dr. Michio Kaku fala bastante sobre membros biônicos e o que eles podem representar para a sociedade. Uma discussão mais filosófica, porém extremamente relevante, mescla os membros biônicos com a engenharia genética e refere-se a criação de castas especializadas. Imagine por exemplo que um jovem filho de pedreiros seja incentivado pelos pais a substituir seu braço biológico por um mecânico específico para auxiliar na Construção civil. Vulgo: Um Pedreiro Oficial, e vitalício. Agora avance um pouco nesseimage pensamento e imagine que em 2075 nós criemos a primeira linhagem humana Geneticamente otimizada para realização de trabalhos específicos. Esse é o conceito de Eugênia (sim, aquele que serviu de base científica ao Nazismo e à dizimação de homossexuais, deficientes físicos, mentais, e – posteriormente – aos Judeus) em seu grau máximo, sendo possível os pais escolherem, por exemplo se seus filhos serão o Hércules ou o Einstein. Também seria possível caminharmos para a criação de castas de trabalho, pessoas com QI inferior, habilidade motoras superiores, e membros biônicos para realização de trabalhos braçais. Seria possível criar a Doméstica perfeita! A galera retweetada pelo perfil @aMinhaEmprega agradece! Para maiores discussões nesse tema três filmes são essenciais: A Ilha, Gattaca, e A Viagem. Aliás, esse é um tópico perfeito para uma discussão durante um café!

Como tudo mais na humanidade, todo desenvolvimento é um perigo em potencial. Nós andamos em uma linha tênue dividindo o Progresso da Atrocidade. Tradicionalmente a humanidade caminha em ziguezague, com cada resposta trazendo mais duas perguntas.

De qualquer forma, o Vídeo dessa TED talk termina em um tom extremamente positivo (e emocionante). A Adrian Davis foi uma das vítimas do atentado de Boston, onde perdeu uma perna. Dançarina profissional, Adrian não se deixou derrotar e, junto com Dr. Herr, desenvolveu uma perna otimizada para a Dança. Sua primeira apresentação desde o atentado ocorre no evento, aos 15 minutos do Vídeo. Não deixe de assistir! O vídeo tem Legendas em Espanhol como “prótese” (quebra-galho) caso você queira assistir toda a palestra e não fale Inglês. Se você não quiser assistir, pule direto para os 15 minutos. Vale a pena Alegre

E Você, o que acha? Deixe seu comentário!

Um novo Hobby!

Quando eu descobri que tradicionalmente as reuniões anuais do meu time aconteciam em Dublin na Irlanda e que em cerca de Dez meses eu poderia viajar para o tradicional território Celta, eu instantaneamente lembrei de dois amores antigos:

  1. Música Celta
  2. Paisagens e suas Fotografias

Mal sabia eu que voltaria de Dublin com alguns amores novos adicionados à lista, como Guinness, Pubs, e Jameson!

Pensando nisso eu comecei a ver mais e mais fotos de paisagens, até que um dia eu cruzei (relembrei, na verdade) com esse shot das Rocky Mountains:

Rocky Mountains - By Iudicibus
Rocky Mountains – By Iudicibus

Eu tinha visto essa foto em Julho de 2011… E como bem disse DiCaprio no filme Inception, a ideia é uma das maiores forças da Natureza… Ela fica lá no fundo da sua mente esperando o momento certo para aflorar e voltar à tona! Enfim, quase um ano depois de ver essa foto eu decidi que compraria uma boa Máquina DSLR (Digital Single Len`s Reflex) e aprenderia a reproduzir isso. Meu sonho era viajar até esses lugares magníficos e registrá-los de uma forma que me daria orgulho em mostrar aos amigos depois! Afinal, o Iudicibus não simplesmente tirou uma câmera qualquer do bolso, apontou para qualquer lado, e apertou um botão. Ele tirou um instrumento preciso da bolsa, escolheu a melhor lente para essa Paisagem… Ponderou sobre a Luz. Olhou atentamente os arredores e escolheu os melhores ângulos para testar, até se abaixar no meio da rua para registrar essa obra de arte! E era precisamente isso que eu buscava.

Estava cansado daquele desespero e necessidade quase automática de “apertar o botão” e compartilhar na internet depois. Fotos tiradas de forma tão superficial quanto as pessoas têm aproveitado tais momentos. Sentia cada vez mais forte que as fotos deixaram de ser algo para nós mesmos, para relembrarmos momentos que apreciamos, e passaram a ser algo para provar aos outros, para nos exibir… Assim como algumas experiências.

Pois bem, comecei então a pesquisar as máquinas. Com tantas opções por onde começar? As tradicionais Nikon, ou Canon? Talvez uma Sony? Ou, alguma outra marca? Sendo uma Nikon, qual modelo?! Quais as diferenças?! O que um amador como eu sentiria de diferença entre todas elas, afinal?! E por que Diabos tantas lentes diferentes?! Gizuis, faz tanta diferença assim mesmo uma lente?! Achei que lente era só para dar Zoom!

Depois de pesquisar muito, de conversar com vários donos dos mais diversos modelos, um amigo me disse o seguinte “no fim do dia é quase igual… O que muda mesmo é a interface da câmera. Canon é mais user friendly, Nikon tem mais opções de customização. O que vai fazer diferença nas suas fotos de verdade são as lentes”. Em um site comparativo que dava notas a cada quesito encontrei o texto que me tirou a dúvida: “A Nikon D5100 é ligeiramente superior à rival Rebel T3i na qualidade das fotografias, enquanto o vídeo e microfone da Canon (T3i) são superiores à concorrente”.

Mais para frente eu vou falar um pouco sobre o que aprendi nessa breve jornada, mas se você está escolhendo sua câmera também, esses foram os links para revieews (em Inglês) mais úteis para mim:

http://www.dpreview.com/reviews/nikond5100

http://www.dpreview.com/reviews/canoneos600d/

Ex: de vídeo da D5100 https://www.youtube.com/watch?v=HpVOSuGbByg

-> Quando eu assisti esse vídeo pensei “se essa é a parte ruim da máquina eu quero logo a parte boa!

Tudo que aprendi sobre fotografia foi pelo canal PhotographersOnYoutube com o caríssimo Gibran que ensina por amor, totalmente de graça, e com o KarlPhotography, do qual eu inclusive comprei um curso em DVD 🙂 Mais para frente vou compartilhar o pouco que sei no intuito de ajudar aqueles que sabem ainda menos e querem dar os primeiros passos!

Agora, deixe-me compartilhar um pouco de uma das paisagens mais impressionantes que já vi! Para juntar os dois amores (Música e Fotos) e entrar no clima, dê o play no vídeo abaixo e mergulhe nas paisagens das Montanhas de Wicklow!

Jhonnie Foxs` backyard
Jhonnie Foxs` backyard
Glencullen in Dublin, Ireland!
Glencullen in Dublin, Ireland!
Lonely man walking on tipical Dublin weather at Glencullen in Dublin, Ireland!
A Lonely man walking on typical Dublin weather at Glencullen in Dublin, Ireland!

 

Jhonnie Foxs Pub in Dublin, Ireland
Jhonnie Foxs Pub in Dublin, Ireland
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Gaelic Ruins in Glendalough
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails
Glendalough Nature Trails

E, para terminar em um tom engraçado, Kung Fu!

Everybody was Kung Fu Fighting!
Everybody was Kung Fu Fighting!

Gostou das fotos? Então comente 🙂

O Homem que Lembrava de Tudo.. Memória – Parte II/II

 

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Primeiro uma histórinha!

Tente usar toda sua imaginação para realmente visualizar isso enquanto lê!

Você acaba de chegar na sua casa, e quando vai abrir o portão e tem um homem bem gordo lendo um Jornal. Quando ele baixa o jornal, você nota que ele tem 2 cabeças! Uma com todos os dentes, outra sem nenhum, e as duas sorriem para você enquanto ele acena o jornal.

Você passa por ele e vai para a porta da sua casa, lá tem uma Teia de aranha gigante onde estão presos a Angelina Jolie e o Brad Pitt pedindo socorro! Eles se contorcem, mas a teia é forte demais!

Você solta apenas um deles (escolha), só que a roupa fica presa e ela (ou ele) então sai pelada correndo para dentro da casa. Você vai atrás e a (ou o) encontra pelada montada na CPU do seu computador, com o monitor embaixo de um braço e girando o mouse pelo fio com a outra mão enquanto grita “Yiiiiiiiiiiihaaaaaaaaa!!!!”

Você continua caminhando para a sua cozinha e quando chega nela encontra o Aladdin na Janela. Ele aponta diz “Essa cozinha não é grande coisa, mas a vista é maravilhosa!” Você olha pela Janela da sua cozinha e vê de longe o Palácio de Agrabah! Dentro do Palácio o Macaquinho Abu está comendo maçãs no Jardim, debaixo de uma tenda de frutas! O Abu come a pilastra de Maçãs, e a tenda desaba sobre ele. Espira um pouco de suco de maçã no teu rosto, consegue sentir o cheiro?

–//–

Sem olhar nas suas fotos, diga-me: Qual roupa você usou na noite de 18 de Outubro de 2009? Qual foi o sabor do seu bolo de aniversário de 12 anos? E qual foi seu presente preferido no Natal do ano retrasado?

Pois bem, se você é normal você não soube de imediato a resposta exata de absolutamente nenhuma pergunta. Mas, uma coisa legal da genética é que variações ocorrem e várias pessoas anormais nascem. Na maior parte das vezes, nada notável… nas outras partes mutações para pior.. Ou melhor!

Foi em um desses acasos da natureza que nasceu na Russia por volta de 1880 o singular Solomon S. Um fato interessante sobre pessoas extraordinárias é que as vezes elas nem percebem que assim o são, e presumem que seu talento é nada mais que normal 🙂

Em um dia normal em seu trabalho como Jornalista, o jovem Solomon participou de uma reunião junto com seu time, onde seu Chefe listou para eles nomes e telefones de possíveis fontes de informações. Ao perceber que Solomon não copiava nada, Seu chefe irritou-se e, ao final da reunião, chamou o Sr. S para a xinxa, reclamando que ele nunca tomava notas, sendo isso inaceitável para um jornalista.

Seria ele tão arrogante a ponto de não precisar de fontes para escrever suas matérias? Solomon replicou que ele na verdade não entendia o porque as pessoas “tomavam notas”. Qual era o objetivo se elas poderiam simplesmente lembrar de tudo? Solomon então contou ao seu chefe exatamente tudo, nomes e telefones, palavra a palavra, o que eles haviam conversando em suas últimas reuniões.

Por mais incrível e fora do normal que isso pareça, o Gerente conseguiu enxergar o talento de seu funcionário, e o encaminhou para um Psiquiatra. O distinto Professor Luria, que trabalhava com pessoas com danos cerebrais e/ou talentos especiais, como os do Sr. S.

Bem.. vamos direto para a parte que aqui nos interessa (embora eu recomende muito a leitura do Moonwalking with Einstein e esse artigo sobre o Solomon Alegre )

Sinestesia (Syn: União, Junção + Esthesia: Sensação) é uma condição especial neurológica onde os nossos diferentes sentidos se unem. Para nós mortais é um pouco difícil de imaginar isso, mas imagine que ao ouvir a palavra Verde você automaticamente visualize a Cor, se lembre do cheiro de grama, e seu leve toque nos seus pés descalços. É mais como uma confusão de sentidos, e Luria identificou que Solomon era justamente um sinestésico.

Isso é um fato essencial para entendermos como o garoto lembrava de tudo. Lembra-se do post anterior onde falamos um pouco mais sobre os neurônios? Lembre-se que eles se juntam formando redes densas e interconectadas onde ficam “pistas” das memórias em diversas partes do cérebro. Sabe quando você está tentando lembrar de algo e sente que está “na ponta da língua”? Que você tem certeza que sabe.. Mas… precisa… lembrar!!!! Pois bem, você está na Pista certa, mas há alguns neurônios de distância ainda Smiley piscando 

O jeito mais fácil de se lembrar das coisas é misturar os sentidos… juntar informações marcantes que façam seu cérebro classificar aquela informação como algo excepcional, e não um fato ordinário. Solomon lembrava de tudo porque, para ele, tudo era especial (no entanto o pobre garoto ficaria a eternidade tentando sem sucesso entender metáforas, figuras de linguagem, e etc).

Alguns estudos apontam que as memórias são divididas em nosso cérebro (simplificando) em “de longo prazo” e “de curto prazo” ou como “fatos memoráveis” e “fatos corriqueiros” .. Meio que igual um computador. Nós temos o HD com um vasto espaço onde nós guardamos nossos arquivos para acessar mais tarde quando necessário. Ao mesmo tempo, há a memória RAM, aquela que usamos para guardar os arquivos com os quais estamos lidando agora. E estudos demonstram que os humanos tendem a vir de fábrica com a RAM razoavelmente semelhante Alegre 

O grande segredo para memorizar as coisas é torná-las memoráveis, e entender para o que nossa memória funciona melhor! Nossa memória é ÓTIMA para lugares, imagens, coisas engraçadas, e pornografia! Um dos segredos dos Atletas da Memória é forçar uma sinestesia com essas coisas no seu Palácio da Memória. Mas o que é esse palácio?

Na Grécia antiga, várias pessoas enconimagetravam-se em um prédio, sentadas às suas mesas conversando. Em uma das mesas, um Cidadão aprecia a conversa com seus colegas quando é chamado à porta para receber um mensagem. Ao cruzar a soleira, eles ouvem um alto ruído, e o palácio desmorona, matando todos que lá estavam. Em choque e surpreso por ter escapado da morte por alguns segundos, ele observa. Observa as pessoas chegando para ajudar… Alguns escombros sendo removidos e familiares das vítimas tentando desesperadamente encontrar seus corpos. O Cidadão fecha os olhos e, de repente o cenário muda. Ele está de volta ao palácio, que ainda está de pé. Ele identifica os colegas e onde estavam sentados. Ele escuta o som das taças, sente o cheiro do vinho. Ele abre os olhos novamente, e, um a um, guia os familiares aos exatos lugares onde as vítimas estavam.

Foi assim, nesse trágico cenário de morte, que nasceu o Palácio da Memória. O intuito aqui, é que você crie o seu próprio palácio, e lá guarde as informações que deseja.

O Palácio da Memória é uma técnica que foi empregada em uma época diferente da nossa. Hoje o conhecimento é Externo e nós só precisamos Acessá-lo. Quer saber a distância da Terra à Lua? Acesse o Wikipedia e veja! Mas e antes do Wikipedia? E antes dos livros? Como as pessoas guardavam, acessam, e passavam adiante os conhecimentos? Com o palácio da memória.

Por mais que a técnica não seja mais de conhecimento geral hoje, muitas coisas que usamos no dia a dia remetem a ela. Por exemplo, os Tópicos que você aborda nas suas apresentações… Tópico tem origem na palavra Topos, que significa: Lugar.

Ou a frase “Em primeiro lugar, bla bla bla, e em segundo lugar, y y y!”. “Em primeiro lugar” é uma referência ao uso do palácio da memória, onde você guarda no primeiro “lugar” aquilo que não quer esquecer, e precisa falar primeiro. Em uma apresentação, por exemplo, precisamos lembrar os Tópicos que queremos abordar, e discorrer sobre eles de acordo com o que lembramos na hora. Seria impossível e/ou insosso decorar a apresentação inteira, e simplesmente repeti-la, então nós decoramos os tópicos que precisam ser apresentados, e falamos o que sabemos sobre eles.

Por exemplo, a histórinha do começo desse post é para lembrar de um MUTAÇÃO e um JORNALISTA, lembrar da TEIA GIGANTE que nossos neurônios formam, de como nossa memória as vezes se assemelha à de um COMPUTADOR, e também de falar sobre o PALÁCIO DA MEMÓRIA.

E você… O que acha dessa história toda?

“Bom, em primeiro lugar…”

Alegre

Eu ia postar, mas…. esqueci.. Parte I

Ah, a memória! Um campo de estudo magnífico que leva maridos e mulheres a brigarem ao redor de todo o mundo desde os primórdios da civilização (ou não). Imagine a jovem Maria, grávida de Jesus, pede à José que busque Pão, Água, e algumas frutas. Maria grávida, com algumas dores espera por horas até que José volta com Pão e Frutas.

image– Cadê a água, José? – Diz Maria

– Aiihh…. Esqueci da Água! Sabe o que é? Quando eu comprei as frutas eu ouvi um pessoal falando de um boato que um doido ai vai começar a mandar matar crianças e…

– VOCÊ ESQUECEU A MINHA ÁGUA? Não adianta vir com suas desculpas, você sempre inventa alguma coisa para justificar essa sua memória! O Problema é que você não presta atenção em nada e….

E assim vai. Se isso nunca aconteceu com você, com um amigo, um primo, um vizinho, tenho certeza que você ao menos já ouviu falar de uma história semelhante. image

Bom, isso faz a gente querer entender um pouco melhor a memória, não? Qual a diferença real entre a mulher que sempre chega na frente da geladeira e pensa “o que eu ia pegar mesmo?” e aquela que decora a sequência de cartas de um baralho inteiro em menos de 2 minutos? O que é a nossa memória, afinal?

Foi justamente buscando essas respostas que o Jornalista Joshua Foer escreveu o livro Moonwalking with Einstein, contando sua jornada como um cara normal que sempre esquece onde deixou as chaves do carro, enviado para cobrir o campeonato de Memória Americano e Europeu, seu treinamento, e no ano seguinte a sua vitória como Campeão Americano de Memória.

UAU!! Como isso é possível? Estudar a memória e como ela funciona (como sempre) é o começo para entender como otimizá-la.

Primeiro temos que entender que a memória é uma coisa viva. Afinal, como se forma uma memória? Conjuntos de Neurônios se organizam em determinada parte do cérebro, se unem e formam uma memória. Nós tendemos a achar que as memórias são como “fotos”, imutáveis retratos da realidade, confiáveis e evidências decisivas. Na verdade as memórias são mais como uma peça de Teatro, cada vez que a acessamos nós a “revivemos” e incluímos nela alguma informação a mais de acordo com nossa realidade atual (ou apagamos outras) de modo que aquela sua memória preferida de infância, que você se lembra todo aniversário há mais de 20 anos, possivelmente já foi tão alterada que pouco lembra a realidade Alegre Isso coloca sérias dúvidas sobre testemunhas oculares, não é?! E isso também torna possível o plano da Pílula do Esquecimento.

imagePara quem conhece os neurônios, sabe que uma das coisas mais legais a respeito deles é que eles se ligam a vários outros formando uma rede densa e complexa com inúmeras possibilidades. A beleza disso para as memórias é que uma coisa se liga a outra, meio que deixando pistas, e as vezes você começa a pensar na casa da sua avó, ai lembra que ela tinha um cachorrinho que você adorava… qual o nome dele mesmo? Sucata! Isso te faz lembrar que seu tio João vende sucata no ferro-velho dele, e ele comprou um motor velho de geladeira do seu pai uma vez… aliás, seu pai precisava passar na sua faculdade e pegar o seu diploma da Pós para você levar ao seu chefe! Lembra que ele tinha dito que te daria uma promoção depois que você se formasse?! Então é isso ai, agora você vai receber um aumento e vai poder ir para a Itália! Ahhhh, o coliseu!!!! … Mas espera ai… como diabos a gente saiu da casa da Vó, para o Coliseu? Como você não sabe que no seu cérebro está tudo associado você solta um “ahh… é porque é tudo coisa velha!” Alegre

A memória representa anos e anos de evolução. Se você é um Criacionista não vai levar isso em consideração, mas grande parte das evoluções que tornaram (ou encaminharam) nosso organismo no que ele é hoje se deram no período Paleolítico, há mais de 2 milhões de anos atrás! Isso serve para refletirmos em várias áreas, como memória, alimentação, comportamento, entre outros. No futuro falaremos mais de alimentação e comportamento, mas agora vamos focar na memória!

Bem, nessa época começaram a aparecer as primeiras espécies de HOMO (nós somos o Sapiens). Agora, imagine por um momento o dia-a-dia na Idade da Pedra Lascada (ou até mesmo da Polida) e se pergunte: “o que era importante aos nossos ancestrais lembrarem?” Seria o telefone da Pedrita? Nope.

Nessa época a memória essencial para a sobrevivência era a de onde você viu algum alimento, quais plantas eram comestíveis ou não, se aquele movimento nos arbustos era bom ou ruim, entre outros. Saber essas coisas significava a diferença entre viver (e passar seu código genético adiante) ou não. Darwin explica.

Você sabia que em uma fração de segundos nós decidimos se uma pessoa é uma ameaça ou não? Em uma fração de segundos reconhecemos o movimento na relva como uma onça espreitando, ou que tribos indígenas conseguiam reconhecer quais plantas eram comestíveis, curativas, venenosas ou não sem nunca ter escrito um livro a respeito?

Nossa memória é linda. É ótima! Mas talvez não seja a ideal para o mundo atual. Nós mudamos de um paradigma onde precisávamos lembrar e reter conhecimento para outro onde o conhecimento é externo e nós meramente o acessamos quando necessário. Afinal, para que lembrar os primeiros dígitos da sequência de Fibonacci se você pode simplesmente pesquisar no Bing agora mesmo?

O que os Homo Sapiens fazem muito é achar que os acontecimentos da sua vida e da de seus pais são o Natural, é a História. Pois saiba que 200 anos de história da sua família representam menos de 0,01% da história de nossa espécie e seus ancestrais. O que nós fizemos nos últimos 20.000 anos pode muito bem ser uma coisa nada natural para a nossa espécie e isso geralmente causa problemas que não conseguimos entender.

“… bom… beleza então… nossa memória é um lixo e o jeito é viver como homens das cavernas ou se conformar…” Não.

Agora nós sabemos um pouco melhor do que criou nossa memória e algumas coisas que a influenciam. Conseguimos identificar os erros e, assim, desenvolver métodos para mitigá-los ou, se possível, eliminá-los! E é exatamente isso que veremos no próximo post.

imageOutra coisa importante da memória é que esquecer também é essencial. Em estudos genéticos feitos com ratos, foi identificado e isolado o Gene responsável pela memória. Cientistas criaram o Super Mouse da memória (para mais, leia o Livro de Michio Kaku) com uma memória superior. Isso significa que ele dominava tudo mais rápido, lembrava os caminhos dos labirintos como ninguém, uma maravilha!

Maravilha… tirando o fato de que ele lembrava de tudo muito bem. Se um dia ele esbarrou em um fio e levou um choque, ao simplesmente ver um fio ele já lembrava do choque. Mas a lembrança era tão real que ele paralisava, como se estivesse revivendo o choque.

A Natureza é realmente uma força maravilhosa. Talvez a seleção natural tenho decidido que nós somos os mais aptos a sobreviver. Lembramos bem de nossos amores, nossas bençãos. Esquecemos onde deixamos as chaves, os nomes de alguns primos distantes, mas também esquecemos nossas ofensas, nossos traumas. Nós lembramos o suficiente para vivermos, e esquecemos o suficiente para sermos felizes. Uma ótima medida!

Conversas Cruciais – Segurança é Tudo (parte III/III)

Nos últimos dois posts eu falei um pouco sobre como manter a calma em uma conversa, como identificar uma conversa importante, e como diferenciar histórias de fatos. Antes de começar a última parte – e na minha humilde opinião uma das mais importantes – vale falar do básico de Crucial Conversations: Quais são os erros que podemos cometer em uma conversa?

Essa parte para mim foi uma revelação, afinal eu vinha cometendo o mesmo erro desde que me entendo por gente e sem ao menos saber que era um erro! Bom, o primeiro passo para evoluir na vida é identificar o erro ou o ponto de ignorância, aceitá-lo, e corrigi-lo.

imageHá dois tipos de erros principais em uma conversa, o mais conhecido é a Agressividade. Mesmo o mais conhecido tem um ponto que poucos sabem… ser agressivo em uma discussão não é apenas ser grosseiro, ou atacar o outro com palavras… querer impor seu modo de pensar no outro -mesmo que de forma doce e suave- é agressivo. Ao ver esse conceito você pode citar ao menos uns 3 repórteres super “educadinhos” que são extremamente agressivos… O outro erro é um que eu sempre cometia: O Silêncio.

As vezes a gente se irrita, e “pune” o outro com o nosso silêncio.image Ao se omitir a gente deixa de compartilhar informações que poderiam ser úteis à resolução do problema, o que nos leva ao fracasso. Mas as vezes a gente se omite achando que está fazendo a coisa certa… “vou esperar a poeira baixar” ou “vou fingir que não aconteceu”… sem saber que isso na verdade só piora. A gente fica remoendo tudo que não disse, cria novas histórias e, depois de um tempo, acaba até se esquecendo de qual era a realidade.

Agora temos todas as ferramentas para resolver nossos problemas com o ponto principal: A Insegurança.

As pessoas ficam violentas ou em silêncio porque elas, de alguma forma, se sentem inseguras para compartilhar suas informações. Além disso, quando nos encontramos em situações de objetivos opostos, nossa resposta inconsciente é de desistir (silêncio) ou enfrentar (agressividade). E é exatamente isso o que não podemos fazer.

Pense em todo diálogo como uma negociação. As pessoas precisam confiar umas nas outras para compartilhar suas informações, e precisam acreditar que o ambiente em questão é seguro.

Imagine a situação hipotética: Você precisa dizer ao seu marido/esposa que a comida deles é horrível (algo que graças a Deus não me aflige!). Esse é um assunto muito sensível e normalmente as pessoas cometem um erro fingindo que não há problema. Da mesma forma, você não pode simplesmente dizer à pessoa “que comida horrível!! Desiste dessa vida ou se mata, inferno!”. Você precisa pensar em qual é o Objetivo em Comum (quando não há um, precisamos repensar o problema e criar um); nesse caso o objetivo comum é criar um ambiente legal onde um agrada ao outro e ninguém precisa sofrer por isso. Então vamos ver algumas técnicas para ajudar nessa abordagem:

1. Se Desculpar -> Para se redimir de um erro e restaurar o respeito

2. Criar um Objetivo em Comum -> Para se redimir de um erro e resolucionar questões mais complexas.

3. Contrastar -> Para se redimir; Para evitar mal-entendidos.

Vamos usar todos agora 🙂

Vamos supor que seu amado/a te preparou aquele jantar horrível. Você estava morrendo de fome, e só de pensar que vai ter que esperar mais um bom tempo até re-preparar o jantar ferve de raiva… ai solta um “Mas que coisa horrível! Eu já vi prisões servindo lavagem melhor que isso!” … hmmm… você exagerou… você sentiu a Segurança da conversa sumir mais rápido que o ar de um balão jogado no vácuo. Você obviamente precisa se desculpar para restaurar o respeito e, depois, a segurança.

Então você tenta restaurar o respeito: “Amor… me desculpe. Eu exagerei e fui injusto com seu esforço. Realmente me desculpe” Ponto! Você foi macho ou fêmea o suficiente para reconhecer um erro e se desculpar. Isso é MUITO difícil e eu estou orgulhoso 😉 Mas você ainda precisa recuperar a segurança da conversa:

“Amor, eu entendo que você tenha se esforçado muito para preparar esse jantar, e agradeço por isso. Mas infelizmente a comida não ficou saborosa… isso de forma alguma te desqualifica como o amor da minha vida, e eu não deixaria de te amar por isso!” -> reparou como usa-se o contraste? Eu disse isso, mas não quis dizer aquilo. Deixe claro seu propósito!image

Agora falta você criar um objetivo em comum:

Um ambiente gostoso em família, com uma boa refeição.

Algumas opções:

· “Eu sei que você se esforça para fazer o seu melhor… mas acho que nos falta um pouco de conhecimento técnico!! Que acha da gente fazer um cursinho relâmpago de culinária?! Ou então, que acha da gente começar a cozinhar junto e chamar o amigo X para compartilhar umas dicas!”

· “Ah amor, mas você tem se desgastado tanto para cozinhar para mim, e acaba sendo ruim para os dois, você perde seu tempo e eu prefiro outro estilo culinário… que acha de eu começar a cozinhar para você? Ou então de contratarmos um/uma cozinheira?!”

· “Amor, não é que a comida esteja inaproveitável… mas você lembra que eu falei que eu tenho baixíssima tolerância ao Sal? Além disso coentro é um tempero muito forte, mesmo que você use só um pouquinho a comida inteira fica com um gosto super forte, entendeu? São alguns detalhes Alegre

Esse é um exemplo hipotético, mas o que importa mesmo é a gente se treinar para identificar Agressividade ou Silêncio nas conversas, parar tudo e restaurar a segurança. Lembre-se que as pessoas nervosas ficam com o raciocínio prejudicado. Lembre-se também de fazer isso com fatos, e não histórias. A parte mais complexa e que exige mais treino é a de se “abstrair do problema”, identificar o erro e criar um propósito comum.

Eu falei aqui menos de 1/10 do livro. E foi o décimo que mais importou para mim. Eu, assim como aprendi na faculdade, recomendo a todos não aceitar apenas minha opinião aqui, e beber direto da fonte 🙂 Para os que falam inglês, a versão eletrônica do livro custa menos de R$10,00 na Amazon.br . Para o pessoal que acha que “a firma” pode se interessar, manda esse Link para o seu RH 🙂

Afinal, se nós tivermos sempre um objetivo em comum vamos sempre trabalhar juntos para atingi-lo mais rápido. É assim que empresas são bem sucedidas, e relacionamentos não precisam acabar tão fácil 🙂

Abraços,

Conversas Cruciais – Histórias e Fatos (parte II/III)

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Semana passada eu contei um pouco sobre o que aprendi no curso “Conversas Cruciais”da VitalSmarts. O princípio do “Cérebro Reptiliano” e seus efeitos sobre nós em momentos de tensão são muito importantes, mas acho que faltou algo do mais básico antes. Por exemplo, o que é uma Conversa Crucial?

O Curso identifica como Crucial, uma conversa que tenha 3 fatores em conjunto:

1 – Muita Emoção

Como por exemplo quando alguém vai te fazer uma crítica e aquela emoção de “eu preciso defender minha dignidade e imagem” fala mais alto do que sua consciência no “é… eu errei”.

2 – Algo importante em Jogo

Novamente sua reputação, ou o futuro de um projeto, relacionamento, entre outros.image

3 – Opiniões Divergentes

Meio óbvio aqui… se não houver opiniões divergentes, não tem o que dar erro… ou tem?

Agora que sabemos identificar o que é uma Conversa Crucial, vale observarmos algo fundamental sobre o ser humano… primeiro, as vezes tendemos a achar que nossos problemas são maiores que os dos outros. Segundo, a gente raramente enxerga os próprios erros…

Agora lembra do Cérebro Reptiliano reagindo a uma ameaça?! Sua inteligência tão limitada quanto a de um gorila? Então… nesse momento você perde também a capacidade de self awareness… ou “auto percepção”. Isso significa que, em uma discussão, a pessoa sempre vai lembrar dos tapas que você deu nela, mas raramente dos que ela deu em você.

Por isso que essa segunda parte é, na minha opinião uma das mais importantes. Para evitar problemas de Percepção, uma vez que ela é falha, nós precisamos pensar nos FATOS. Eis então o tópico principal, a diferença entre Fato e Histórias.

Vou dar um exemplo prático que inventei de uma história que eu ouvi aqui na minha da empresa de um amigo. Lá há três formas de contratação: Estágio, Terceirizado (3º), e Efetivo.

imageQuando eu era Um estagiário ouvia dos 3ºs as maiores barbaridades a respeito de discriminação, algo que nunca comprovou quando eu virou ele mesmo um 3º… mas enfim, havia essa história:

Fulano (3º) estava na copa, e ciclano (Efetivo) veio na direção dele, como se fosse falar algo… ai olhou o crachá (de 3º) do Fulano e virou as costas e foi embora porque viu que ele era 3º…

História 1: Ciclano é um filho da #%p& que não se mistura com 3ºs…  eu sofro sendo um 3º discriminado!

Bom, vamos agora separar a história dos fatos e reanalisar isso:

Sujeito 1 está parado. Sujeito 2, aparentemente vai falar com 1 mas, após olhar para o crachá, parece mudar de ideia.

Na primeira história, Sujeito 2 é um desgraçado. Mas será essa a única explicação plausível? Com base nos fatos, vamos pensar em outra história:

História 2 – Ciclano acabou de ser promovido de 3º para Efetivo e está com dúvidas de como funciona o novo sistema exclusivo para Efetivos. Ele vai falar com o conhecido Fulano, mas ao ver o crachá lembra-se que Fulano é 3o e não conhece o sistema. Para evitar que Fulano ache que ele está “se gabando” falando de sua contratação ele muda de direção e vai direto para o RH.

Pronto! Temos ai, para o mesmo fato, duas histórias completamente opostas. E o mesmo fazemos em nossas vidas todos os dias. Nós temos a mania idiota de sempre esperar que as pessoas que nos amam tomarão as piores atitudes possíveis.

No curso os autores aconselham: “Pergunte-se: Por que uma pessoa razoável, racional, e decente faria algo assim?” Essa pergunta te força a contestar sua história maluca. “Eu conheço ciclano… porque ciclano faria algo mesquinho, soberbo, e arrogante assim?“

O Primeiro passo para resolver nossos problemas de comunicação é reconhecer que erramos, e que perdemos nosso raciocínio precioso nos momentos de raiva. O Segundo é pensar nos FATOS, não nas HISTÓRIAS.

Quando precisar ter uma conversa sensível com alguém, comece com os FATOS, depois conte sua História. Pergunte ao outro qual a história dele, e encoraje a argumentação. Algo como:

Fulano – Nossa Ciclano, reparei que você abriu a boca para me falar algo, mas desviou o olhar para meu crachá e se calou. Fiquei me perguntando o porque você teria feito isso.. cheguei até a pensar que talvez você não quisesse falar comigo por causa de algo no meu crachá… há algum problema? O que te fez mudar de ideia?

Ciclano – Ah…. Desculpa Fulano se você percebeu… infelizmente eu ia perguntar algo sobre o telefone da empresa, mas lembrei que só Efetivos tem telefone… desculpa se eu te constrangi de alguma forma. Meu intuito quando eu mudei de direção foi justamente o de evitar isso. Realmente eu lamento.”

Smiley piscando 

Imagine quantos problemas de comunicação você poderia ter resolvido com essa técnica ao invés de uma longa briga e dolorosa reconciliação?

Abraços,