Conversas Cruciais (parte I/III)

imageEu tive a maravilhosa oportunidade de participar do curso da VitalSmarts sobre “Crucial Convesations” pela Microsoft há algum tempo, e posso dizer: O Curso é Ótimo!

O intuito da Microsoft é – obviamente – nos embasar profissionalmente para lidar com adversidades no ambiente de trabalho, opiniões diversas, e chegar mais rapidamente a decisões difíceis em reuniões. Mas o curso vai muito além do ambiente de trabalho!

Conversas são a base de relacionamentos, e esses, por sua vez, são a base das comunidades, do ser humano. Como retratado em obras como Les enfants Sauvages, O Sr. das Moscas, entre outros, o homem é um ser Social e precisa, portanto, saber conversar (e de regras!).

O problema é que poucos sabem conversar… E não significa que os que sabem não cometam erros… o problema é bem maior.

imageSem contar muito do livro, os autores começam abordando o tema do “Cérebro Reptiliano”. Nessa teoria, o cérebro humano foi se desenvolvendo ao longo do tempo, passando do mais básico, com nossos instintos mais escusos, como agressividade, dominância, e territorialidade, para os mais avançados. Isso reflete o fato de que, há dezenas de milhares de anos, quando as coisas ficavam feias, eu não precisava Raciocinar… eu precisava era correr daquele Dentes-de-Sabre (no caso, correr mais rápido que o cara do lado Smiley mostrando a língua), precisava subir em uma árvore, sair na porrada, e assim por diante. Desse jeito, ao ver alguma ameaça, nosso corpo libera o hormônio adrenalina, que aumenta nossa circulação, e estimula o fluxo do sangue para os membros (dentre inúmeras outras coisas). Quando o sangue sai da cabeça para as pernas e braços, o sujeito “Fica Branco”.. consequentemente o sujeito fica temporariamente tão inteligente quanto um gorila Smiley piscando.

Essa é a forma que a evolução nos treinou para reagir a “ameaças” e foi o que nos manteve vivos para contar a história. Mas a implicação imediata disso nas nossas vidas é que, nos momentos mais importantes, nós ficamos absolutamente estúpidos… vem aquela sensação maldita de “Por que diabos eu ofendi aquela pessoa?!” ou “Não consigo entender o que me levou a dar um soco no Fulano… agora que eu paro para pensar, vejo que foi desnecessário”, ou os mais comuns como  “Aquela vaca me xingou! Devia ter falado isso, aquilo, e mais isso para ela! Por que a gente nunca pensa nisso na hora?!”.

Bem a resposta é essa… a gente não pensa nisso na hora simplesmente porque, na hora, a gente não pensa. E o problema é que nós, geralmente, identificamos uma discussão como uma situação de ameaça.

“Se meu filho ainda não ligou, a única explicação possível é que ele foi sequestrado!”

“Se meu marido ainda não ligou, a única explicação possível é que ele foi sequestrado está com aquela vadia!”

“Se minha mulher ainda não ligou, a única explicação possível é que ela está com aquela vadia aquele safado!”

Ai quando você finalmente liga para sua mãe, Mulher, ou Marido, ao invés de um doce “Oi amor!” vem um “Seu *&%&$#H$, ONDE VOCÊ SE ENFIOU?!?!?! ESTOU TENTANDO FALAR COM VOCÊ HÁ HORAS!”

Então aqui vem a pergunta crucial: “Ok Daniel, mas se, pela evolução, nós tendemos a não extrair o melhor do nosso raciocínio lógico quando sob ameaça, então o que fazer? Não tem como resolver!”

Ai que entra o treinamento! O Primeiro Passo para tratar um problema, sempre é reconhecer a sua existência. Com treinamento, nós podemos identificar essas situações em que ficamos agressivos e nos forçar a pensar. Se faça uma pergunta difícil… pense em como resolver um problema complexo… peça 5 minutos para esfriar a cabeça e vai jogar Sudoku.

Você vai ver que, depois desses cinco minutos, você estará bem menos nervoso/nervosa. Somando isso às outras técnicas, você pode, com o tempo, começar a se conhecer melhor, e evitar MUITA dor de cabeça desnecessária. Alegre

Semana que vem eu conto mais uma técnica Smiley piscando

Abraços,

Insônia da Saudade

Para minha amada esposa Ana Claudia Lombardi Martins

Tempo de leitura: ~ 5 minutos

Instruções: Dê o Play no vídeo abaixo (passe o infeliz do comercial), e comece a ler:

John Legend – All of Me

Ana, hoje faz um Mês que você embarcou para uma grande aventura em Londres 🙂

Um mês que eu anseio todas as noites para ver seu sorriso na telinha do computador, e agradeço aos Deuses do Skype pela graça alcançada! São trinta dias que, assim que eu desligo o Skype, fico meio sem saber o que fazer porque está faltando alguma coisa aqui para eu poder ir dormir…. Cadê minha esposa maravilhosa? Cadê minha companheira de todas as horas? Cadê aquele abraço gostoso antes de irmos dormir? Aquele beijo de boa noite?

Na primeira semana eu simplesmente não queria ir dormir… não queria ir para a cama e encontrá-la vazia. Nunca tinha reparado como nossa cama é grande… que espaço que você deixou aqui, meu amor. Comecei então a me sobrecarregar de coisas para fazer antes de dormir… então eu só vou para a cama quando meu corpo realmente não aguenta mais, porquê assim eu deito e durmo direto, sem morrer de saudade… quase como uma criança lutando ao máximo pelos últimos minutos acordados, para não encarar o ato de ir deitar.

Ano passado nós fomos juntos ao nosso intercâmbio em Seattle, e eu aprendi como é maravilhoso ter você o tempo todo comigo e poder contar contigo para absolutamente qualquer coisa. Eu sai do Brasil achando que não poderia te amar ainda mais… e voltei surpreendido com meu engano.

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Esse ano eu adiei ao máximo enfrentar nossa distância… simplesmente preferi aproveitar todos os momentos juntos aqui, e só lamentar quando de fato você estivesse longe… quando eu te deixei no aeroporto eu pensei: “logo logo a gente se vê…” e estava confiante de que – depois da descoberta do ano passado – nosso amor estava em seu auge. Afinal, eu não podia te amar ainda mais depois da nossa experiência em Seattle.

Ahhh, ledo engano.. Once again 🙂

 

Nada ensina mais sobre o quanto amamos e queremos qualquer coisa do que a privação… acha que você aprecia seu carro? Espera ele ser roubado. Acha que gosta do seu videogame? Deixa ele quebrar. Acha que precisa de internet? Deixa o sinal cair…. Acha que ama sua esposa? Deixa ela se ausentar 🙂

 

De todas as boas coisas que a vida nos reserva, de todos os benefícios que vamos colher dessa experiência, eu acho que já comecei a colher o melhor de todos eles…

Não há absolutamente nada que eu faça sozinho, que não poderia ser melhor se você estivesse comigo

Nesses últimos trinta dias eu aprendi que – tirando ir ao banheiro – não há absolutamente nada que eu faça sozinho, que não poderia ser melhor se você estivesse comigo. É óbvio que, “de vez em quando”, todo mundo precisa de pelo menos um tempinho sozinho para se reencontrar. Não estou dizendo que 1-2 horas de bicicleta sozinho não é importante uma vez por semana. O que eu quero dizer é que esse passeio de bicicleta seria muito mais prazeroso se você estivesse comigo, ou pelo simples fato de saber que quando eu chegar em casa, você estará lá…

 

WP_20140909_18_18_15_Pro (2).jpgIr ao parque é muito melhor quando você está lá tentando subir nas árvores.. Ir a um bar é perfeito quando você está junto para rir comigo… brincar com os bebês da família é tão melhor quando você me ajuda.. Tomar uma cerveja é infinitamente superior enquanto você toma algo sem glútem… Deixar de ir a uma padaria é perfeito quando o motivo é para ficar com você, minha celíaca amada.

 

E, afinal, ir dormir é perfeito quando você está ao meu lado.

 

Eu aprendi sim que te amo mais do que antes e – mais ainda – aprendi que não vou mais ficar pensando que chegamos ao auge. Estamos apenas começando, e nossos melhores dias estão ainda por vir.

 

Eu te amo. E sei que voltarei a dormir direito, quando olhar para o lado e ver que você já está dormindo ao meu lado.

 

Minha insônia tem prazo de validade.

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Mah onde foi que eu Anotei mesmo?!!?

Anotações… Ahhh quantas vezes eu já não anotei algo em um infeliz de um post-it ou algo do gênero só para ter de procurá-lo desesperadamente mais tarde, muitas vezes em vão…

Pensando nisso que surge o OneNote! E se você tivesse um Fichário infinito, com quantas Divisórias você quisesse, sem limites de páginas, e que quando você perguntasse “onde eu anotei o Telefone do Leonardo” ele te mostrasse na hora?! Tudo isso sem peso na mochila 🙂

É claro que você pode ter mais de um Fichário se desejar, mas eu tento trabalhar com o mínimo possível para facilitar a minha ferramenta preferida do OneNote: a Busca Universal!!

Essa é a forma que eu me organizo:

Eu tenho um Bloco de Anotações (Fichário) central com minhas coisas pessoais. Um para meus cursos de Educação à Distância, um para o Trabalho (dividido por ano fiscal para me facilitar), e um para minha casa, nostro “Palazzo”, que eu compartilho com a minha esposa!

Dentro desses fichários eu tenho minhas Seções (Divisórias), por exemplo essa da foto acima para o meu blog Dbm505. Nas páginas, eu escrevo meus posts, que depois publico no Blog 🙂

Há uma Seção padrão nos Blocos de Anotações chamada “Anotações Rápidas”. É para lá que vão minhas anotações gerais, que não fazem parte de nenhuma “divisória” específica, exemplo:

Estou surfando no Office.com procurando treinamentos grátis, quando tenho uma ideia e preciso anotar! Eu pressiono ao mesmo tempo as Teclas “Windows + N” (Funciona apenas para quem já tem o OneNote instalado)

O OneNote me traz as opções de Recortar a Tela, Enviar da Web para o OneNote, ou criar uma nova Anotação Rápida. Vamos escolher a última, e anotar o telefone do nosso amigo:

Pronto, anotei fechei, acabou!! Nada de papelzinho guardado!

Agora vamos imaginar que passaram-se dois meses e a gente precisa do telefone do Leonardo. Se você escreveu em um Post-it, já era fíí… Nunca mais! Mas no OneNote, eu simplesmente vou no canto superior direito onde fica o campo Pesquisar (ou com o atalho “Ctrl + E”):

O OneNote me traz todas as anotações que possam ter “Telefon…” direto!! Nada de ficar procurando!

Agora uma parte ainda mais legal! Minha esposa queria anotar uma receita, mas eu obviamente não ia digitar tudo aquilo, então tirei uma foto:

O OneNote reconhece o texto da foto, e inclui isso na busca universal!! Ahhhhhhhh que coisa linda!!!!

Eu uso no meu lumia o Aplicativo Office Lens que tira a foto e já salva direto no meu OneNote!! Sério, é uma das ferramentas que mais uso!

Meu único arrependimento é que só descobri o OneNote no último ano da faculdade. Imagina ter até hoje todas as notas das suas aulas preferidas?!

Ou ter suas anotações todas de fácil acesso sem se matar para encontrar nada?!

O OneNote realmente mudou minha vida… Espero que ajude a sua!

No Futuro falarei mais sobre os Blocos compartilhados, Anotações de Áudio, Desenhos, Modelos prontos, Etc!

Por enquanto, você pode baixar o OneNote gratuitamente (para o aparelho que quiser, Tablet, Computador, Celular) no OneNote.com 🙂

Segue também um vídeo com mais explicações sobre o OneNote.

Gostou? Então baixe o seu, grátis!

PUT# MERD#!!! Mandei o email para a Firma inteira, sem querer!!!

Maaaano… Sem querer eu dei um reply all e mandei um email pro Staya Nadella!!!! Aaaaaaaaaahhhh…

Visualizou o cenário? Se isso nunca te aconteceu, você provavelmente uma vez na vida acabou de apertar o Enviar – ou Send – e, assim que a mensagem se foi, você ficou lá em desespero tentando pegar o sinal Wi-Fi escapando por entre os dedos. Isso acontece por qualquer motivo, seja por um eventual erro de concordância, porque você esqueceu um dos anexos, ou porque simplesmente você pensou “puts, não devia ter respondido isso”.

Enfim, seja o motivo qual for, uma Regra do Outlook já salvou minha pele várias vezes. Um dia recebi um email bem mal educado e respondi da mesma forma. Assim que apertei o Enviar, veio o arrependimento. Fui então à Caixa de Entrada, abri o email de novo e o reescrevi. Depois ganhei uma estrelinha do chefe pela “Maturidade emocional” 😉

Enfim, a Regra é clara simples: “Outlook, antes de enviar o email segure-o na Caixa de Entrada por 1 minutinho.” São sessenta segundos de bônus para você evitar ser O/A MANÉ que mandou um email para a Firma toda 😉

Veja como:

Outlook -> Arquivo -> Informações -> Regras e Alertas -> Nova Regra

Caminho Alternativo

Outlook -> Faixa de Opções (Ribbon) -> Regra -> Gerenciar Regras -> Nova Regra

Você pode basear sua regra em diversas premissas, por exemplo: “Todos emails do Chefe vão para a pasta Importante!”. Nesse caso, vamos aplicar a regra às “Mensagens que eu Enviar”

Mas qual mensagem, TODAS elas? Vou escolher apenas as enviadas desse computador:

Depois o Outlook precisa saber O Que Fazer com a mensagem: Adiar a entregar por um número de minutos.

Clique em “um número de minutos” para definir quantos minutos:

E avance. O Outlook vai perguntar se há alguma exceção. Você pode dizer, por exemplo, “Exceto se o assunto contiver a palavra URGENTE”:

Mas eu não vou colocar isso, geralmente são nos emails urgentes que a gente faz lambança 😛

Depois é só dar um nome à regra e Concluir:

Pronto! De agora em diante, seus emails ficarão um minuto na sua caixa antes de você fazer besteira!

Vejamos um exemplo de besteira:

É isso! Ao vivo esse exemplo de besteira fica bem mais emocionante, acredite!!!

Você também pode ver essa e outras dicas no Office.com ou assistir o vídeo do especialista em Office, Rande Rodrigues:

Abraços,

“Ai Caramba! Marquei reunião no feriado!”

Quem nunca esqueceu que era feriado e ficou feliz da vida ao ver a agenda de todo mundo livre naquele dia?! Você, sentindo-se sortudo, marca logo a reunião todo feliz!

Logo em seguida chegam as Recusas, ou Declines, geralmente acompanhadas de um “Vai trabalhar no feriado, maluco?!”

O mais engraçado é que metade das pessoas te ofende, e a outra aceita a reunião!

Bom, você não tem que continuar passando vergonha, use o próprio Outlook para te lembrar dos Feriados:

Outlook -> Arquivo -> Opções -> Calendário -> Adicionar Feriados -> Qualquer País à sua escolha 🙂

Você pode adicionar feriados de outros Países também. Seu chefe é Inglês? Coloque no seu calendário os Feriados do Reino Unido!

Se quiser um passo-a-passo detalhado, dê uma olhada no vídeo abaixo da série Dicas e Truques do Office 365 no Canal da Microsoft Brasil

 

Conheça, e use grátis, o Gráfico de Gantt para ser mais Produtivo

Gerente de Projetos ou não, o Gráfico de Gantt pode ser muito útil para gerenciar Cronogramas do seu dia-a-dia!

Este planejador de Projetos te ajuda a controlar seu trabalho por atividades usando o Modelo de Gráfico de Gantt, facilitando a visualização do andamento de suas atividades de acordo com o Planejado.

Quer saber como baixar um Modelo totalmente grátis?

Excel -> Novo -> Digite em “Procurar Modelos Online” o modelo desejado: “Gantt” -> Escolha um Modelo -> Crie!!

Você também pode ver outros Modelos do Office Online no http://Office.com há vários modelos grátis para Cronogramas em https://templates.office.com/pt-br/Cronogramas

Ótima maneira de economizar horas e horas de trabalho 😉

A Tríade da Luz

Tinta, Grafite, Papel. Cordas Vocais, Respiração, Diafragma. Cordas, Vibração, Caixa Acústica.

Cada forma de arte tem seus métodos e meios de execução. A Pintura trabalha com as cores, e também a fotografia… sem luz não há foto! Com a facilidade de acesso às câmeras semiprofissionais, cada vez mais pessoas se perguntam “Como tirar fotos no Manual?”, ou “O que significam as Letras M, A, S, P, da minha máquina?”.

Outra parte interessante, nessa geração onde as crianças nascem jogando em Smartphones, conversando com a Cortana e usando o Skype para falar com pessoas do outro lado do mundo raramente elas param para se perguntar “ok, mas como isso acontece?!”. De fato, como acontece o processo fotográfico? Quais são os passos envolvidos em fazer uma ligação telefônica? Se nossa tecnologia todo expirasse amanhã e você precisasse reconstrui-la, como você faria uma fotografia? Como fazer essa imagem que você está vendo agora ser transferida para o papel (ou tela)?

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O primeiro passo para entender esse processo é construção de uma câmara escura, se você nunca fez uma na escola eu recomendo acessar o link e ver o artigo do Wikipedia 🙂 Para você que nasceu após a invenção da máquina digital, houve “na antiguidade” uma coisa chamada Filme Fotográfico. O intuito era colocar o filme na máquina; para tirar uma foto você primeiro tinha que girar uma manivelinha para passar o filme (senão bateria uma foto em cima da outra), depois apertava o Obturador (Shutter), que abria o Diafragma (Aperture), a luz passava pelas lentes e o diafragma aberto, batendo nos filmes de diferentes sensibilidades (ISO) e registrando a imagem. Gira a manivela de novo! Há todo um processo químico para registrar a foto no filme (negativo) e para sua revelação mais tarde.

A essência do processo ainda é exatamente a mesma, mas o invés do filme nós hoje usamos um Sensor Fotográfico (cuja qualidade é dada em Pixels). Ahh, e não há mais manivelas!

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Ok, a parte da história eu posso falar sem medo, mas antes de falar da técnica eu preciso observar que eu sou um fotógrafo Amador, sem nenhuma certificação! Tudo que aprendi foi via o canal PhotographersOnYoutube com o caríssimo Gibran – que ensina por amor, totalmente de graça – e com o KarlPhotography, do qual eu inclusive comprei um curso em DVD 🙂

Quanto à técnica, há 3 coisas que controlam o fator mais importante da fotografia: A Luz. Essas três coisas são o ISO (sensibilidade do Sensor à Luz), a Aperture (abertura do diafragma), e o Shutter Speed (velocidade do obturador). Eles controlam a quantidade de Luz da seguinte maneira:

ISO: Ele é literalmente o quão sensível à luz sua câmera estará. Quanto maior for esse valor, mais sensível sua máquina estará à luz, ou seja, mais fácil tirar fotos em ambientes escuros. Como tudo na vida é um trade-off, ao aumentar o ISO você aumenta também a granularidade na foto, perdendo nitidez. Quanto maior for esse número, mais sensível a foto.

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ISO: 3.200 | 1/10 s | F 4

A foto acima, da Piazza San Marco, foi tirada à noite, e a exposição não poderia ser muito longa (escolhi um décimo de segundo) para que os músicos não ficassem muito borrados. Por isso abri a lente o máximo que pude a essa distância (F4) e aumentei a sensibilidade do sensor (ISO 3200) o suficiente para a foto não ficar muito granulada.

Aperture: a Abertura do diafragma da Máquina funciona tal qual nossos olhos. Quanto mais dilatada (aberta) estiver a pupila, mais luz entrará nos olhos, quanto menor ela estiver, menos luz teremos. O aperture é essencial para outras coisas na foto, como a Profundidade de Campo (Depth of Field) mas isso pode ficar para frente!! Quanto maior o número, menor a abertura do diafragma.

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ISO: 2.000 | 1/800 s | F 1.4

Fizemos essa foto no Scenna Foto Studio, e o fotógrafo optou por aumentar um pouco a sensibilidade (ISO 2000) e manter a velocidade bem alta (1/800 segundo) – provavelmente para não perder nenhum momento criativo no estúdio – e usou a Abertura da lente para poder entrar mais luz em uma velocidade tão alta, e para me colocar em primeiro plano, desfocando a Ana ao fundo. Quanto maior a abertura da lente, mais desfocado fica o segundo plano.

Shutter Speed: A velocidade do obturador refere-se a quão rápido o Aperture vai abrir e fechar. Quanto maior for essa velocidade, menos tempo ele ficará aberto, e menos luz entrará. O Shutter Speed é extremamente importante também para garantir que suas fotos não fiquem borradas quando há movimento, ou para tirar fotos de longa exposição à noite (exige tripé).

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ISO: 200 | 13 s | F7.1

A foto acima foi feita com um tripé, uma vez que com 13 segundos de lente aberta qualquer movimento borraria completamente a foto. o intuito era ter uma foto do “Skyline” de Seattle, então a Abertura da lente foi pequena (F7.1) para manter tudo em foco, enquanto a entrada de luz à noite foi controlada com uma exposição prolongada.

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ISO: 800 | 1/80 s | F 5.6

Essa foto utiliza uma técnica chamada de Panning, onde a máquina deve acompanhar o objeto de foco, com uma velocidade não muito alta do obturador, para deixar o fundo desfocado. Por isso que, mesmo sendo um esporte que requer uma velocidade de obturador alta, essa foto foi feita com 1/80 segundos

Quando você usa sua máquina no automático, ela mesma calcula quais deverão ser os valores de ISO, Aperture, e Shutter Speed para que sua foto fique com a exposição correta. Máquinas profissionais ou semi, te oferecem a opção de controlar manualmente esses valores. Tanto a câmera no automático quanto você no manual vão usar um dispositivo da câmera chamado Metering para servir como uma prévia da qualidade de sua exposição. Isso significa que a câmera calcula antes de tirar a foto se ela vai ficar com muita luz (aquela imagem estourada, toda esbranquiçada) ou pouca luz (imagens escuras, difícil de discernir os objetos e silhuetas) ou no ponto certo.

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Há diversas formas de fazer o set up do Metering, então fique atento ao seu. Ele pode ser via a paisagem como um todo, Parcial, ou de um Ponto específico. Isso é importante porque, se o Metering estiver em um ponto específico e você acidentalmente colocar esse ponto em uma área de sombra ele vai te mandar fazer tudo para aumentar a exposição à luz, por exemplo, aumentar o ISO, diminuir a velocidade do obturador, e aumentar o Aperture. O resultado será uma foto onde você vê apenas a área sombreada e o reto da foto é um borrão Branco 🙂

Quanto ao M, A, S, P da máquina, significam:

M – Manual, tire fotos controlando manualmente todas as funções da máquina.

A – Aperture, você define o Aperture, o resto é no automático.

S – Shutter Speed, você define a Velocidade da foto, o resto é no automático.

P – Programações que você define na sua máquina

Obs: as nomenclaturas podem variar entre as marcas, essas são as utilizadas pela Nikon.

Essas são algumas dicas iniciais para ajudar quem estiver começando e para pessoas que não sabem o que significam as opções de suas câmeras!

Espero que tenha ajudado!

Deixe seus comentários, dúvidas, e sugestões abaixo 🙂

Eu ia postar, mas…. esqueci.. Parte I

Ah, a memória! Um campo de estudo magnífico que leva maridos e mulheres a brigarem ao redor de todo o mundo desde os primórdios da civilização (ou não). Imagine a jovem Maria, grávida de Jesus, pede à José que busque Pão, Água, e algumas frutas. Maria grávida, com algumas dores espera por horas até que José volta com Pão e Frutas.

image– Cadê a água, José? – Diz Maria

– Aiihh…. Esqueci da Água! Sabe o que é? Quando eu comprei as frutas eu ouvi um pessoal falando de um boato que um doido ai vai começar a mandar matar crianças e…

– VOCÊ ESQUECEU A MINHA ÁGUA? Não adianta vir com suas desculpas, você sempre inventa alguma coisa para justificar essa sua memória! O Problema é que você não presta atenção em nada e….

E assim vai. Se isso nunca aconteceu com você, com um amigo, um primo, um vizinho, tenho certeza que você ao menos já ouviu falar de uma história semelhante. image

Bom, isso faz a gente querer entender um pouco melhor a memória, não? Qual a diferença real entre a mulher que sempre chega na frente da geladeira e pensa “o que eu ia pegar mesmo?” e aquela que decora a sequência de cartas de um baralho inteiro em menos de 2 minutos? O que é a nossa memória, afinal?

Foi justamente buscando essas respostas que o Jornalista Joshua Foer escreveu o livro Moonwalking with Einstein, contando sua jornada como um cara normal que sempre esquece onde deixou as chaves do carro, enviado para cobrir o campeonato de Memória Americano e Europeu, seu treinamento, e no ano seguinte a sua vitória como Campeão Americano de Memória.

UAU!! Como isso é possível? Estudar a memória e como ela funciona (como sempre) é o começo para entender como otimizá-la.

Primeiro temos que entender que a memória é uma coisa viva. Afinal, como se forma uma memória? Conjuntos de Neurônios se organizam em determinada parte do cérebro, se unem e formam uma memória. Nós tendemos a achar que as memórias são como “fotos”, imutáveis retratos da realidade, confiáveis e evidências decisivas. Na verdade as memórias são mais como uma peça de Teatro, cada vez que a acessamos nós a “revivemos” e incluímos nela alguma informação a mais de acordo com nossa realidade atual (ou apagamos outras) de modo que aquela sua memória preferida de infância, que você se lembra todo aniversário há mais de 20 anos, possivelmente já foi tão alterada que pouco lembra a realidade Alegre Isso coloca sérias dúvidas sobre testemunhas oculares, não é?! E isso também torna possível o plano da Pílula do Esquecimento.

imagePara quem conhece os neurônios, sabe que uma das coisas mais legais a respeito deles é que eles se ligam a vários outros formando uma rede densa e complexa com inúmeras possibilidades. A beleza disso para as memórias é que uma coisa se liga a outra, meio que deixando pistas, e as vezes você começa a pensar na casa da sua avó, ai lembra que ela tinha um cachorrinho que você adorava… qual o nome dele mesmo? Sucata! Isso te faz lembrar que seu tio João vende sucata no ferro-velho dele, e ele comprou um motor velho de geladeira do seu pai uma vez… aliás, seu pai precisava passar na sua faculdade e pegar o seu diploma da Pós para você levar ao seu chefe! Lembra que ele tinha dito que te daria uma promoção depois que você se formasse?! Então é isso ai, agora você vai receber um aumento e vai poder ir para a Itália! Ahhhh, o coliseu!!!! … Mas espera ai… como diabos a gente saiu da casa da Vó, para o Coliseu? Como você não sabe que no seu cérebro está tudo associado você solta um “ahh… é porque é tudo coisa velha!” Alegre

A memória representa anos e anos de evolução. Se você é um Criacionista não vai levar isso em consideração, mas grande parte das evoluções que tornaram (ou encaminharam) nosso organismo no que ele é hoje se deram no período Paleolítico, há mais de 2 milhões de anos atrás! Isso serve para refletirmos em várias áreas, como memória, alimentação, comportamento, entre outros. No futuro falaremos mais de alimentação e comportamento, mas agora vamos focar na memória!

Bem, nessa época começaram a aparecer as primeiras espécies de HOMO (nós somos o Sapiens). Agora, imagine por um momento o dia-a-dia na Idade da Pedra Lascada (ou até mesmo da Polida) e se pergunte: “o que era importante aos nossos ancestrais lembrarem?” Seria o telefone da Pedrita? Nope.

Nessa época a memória essencial para a sobrevivência era a de onde você viu algum alimento, quais plantas eram comestíveis ou não, se aquele movimento nos arbustos era bom ou ruim, entre outros. Saber essas coisas significava a diferença entre viver (e passar seu código genético adiante) ou não. Darwin explica.

Você sabia que em uma fração de segundos nós decidimos se uma pessoa é uma ameaça ou não? Em uma fração de segundos reconhecemos o movimento na relva como uma onça espreitando, ou que tribos indígenas conseguiam reconhecer quais plantas eram comestíveis, curativas, venenosas ou não sem nunca ter escrito um livro a respeito?

Nossa memória é linda. É ótima! Mas talvez não seja a ideal para o mundo atual. Nós mudamos de um paradigma onde precisávamos lembrar e reter conhecimento para outro onde o conhecimento é externo e nós meramente o acessamos quando necessário. Afinal, para que lembrar os primeiros dígitos da sequência de Fibonacci se você pode simplesmente pesquisar no Bing agora mesmo?

O que os Homo Sapiens fazem muito é achar que os acontecimentos da sua vida e da de seus pais são o Natural, é a História. Pois saiba que 200 anos de história da sua família representam menos de 0,01% da história de nossa espécie e seus ancestrais. O que nós fizemos nos últimos 20.000 anos pode muito bem ser uma coisa nada natural para a nossa espécie e isso geralmente causa problemas que não conseguimos entender.

“… bom… beleza então… nossa memória é um lixo e o jeito é viver como homens das cavernas ou se conformar…” Não.

Agora nós sabemos um pouco melhor do que criou nossa memória e algumas coisas que a influenciam. Conseguimos identificar os erros e, assim, desenvolver métodos para mitigá-los ou, se possível, eliminá-los! E é exatamente isso que veremos no próximo post.

imageOutra coisa importante da memória é que esquecer também é essencial. Em estudos genéticos feitos com ratos, foi identificado e isolado o Gene responsável pela memória. Cientistas criaram o Super Mouse da memória (para mais, leia o Livro de Michio Kaku) com uma memória superior. Isso significa que ele dominava tudo mais rápido, lembrava os caminhos dos labirintos como ninguém, uma maravilha!

Maravilha… tirando o fato de que ele lembrava de tudo muito bem. Se um dia ele esbarrou em um fio e levou um choque, ao simplesmente ver um fio ele já lembrava do choque. Mas a lembrança era tão real que ele paralisava, como se estivesse revivendo o choque.

A Natureza é realmente uma força maravilhosa. Talvez a seleção natural tenho decidido que nós somos os mais aptos a sobreviver. Lembramos bem de nossos amores, nossas bençãos. Esquecemos onde deixamos as chaves, os nomes de alguns primos distantes, mas também esquecemos nossas ofensas, nossos traumas. Nós lembramos o suficiente para vivermos, e esquecemos o suficiente para sermos felizes. Uma ótima medida!

Conversas Cruciais – Segurança é Tudo (parte III/III)

Nos últimos dois posts eu falei um pouco sobre como manter a calma em uma conversa, como identificar uma conversa importante, e como diferenciar histórias de fatos. Antes de começar a última parte – e na minha humilde opinião uma das mais importantes – vale falar do básico de Crucial Conversations: Quais são os erros que podemos cometer em uma conversa?

Essa parte para mim foi uma revelação, afinal eu vinha cometendo o mesmo erro desde que me entendo por gente e sem ao menos saber que era um erro! Bom, o primeiro passo para evoluir na vida é identificar o erro ou o ponto de ignorância, aceitá-lo, e corrigi-lo.

imageHá dois tipos de erros principais em uma conversa, o mais conhecido é a Agressividade. Mesmo o mais conhecido tem um ponto que poucos sabem… ser agressivo em uma discussão não é apenas ser grosseiro, ou atacar o outro com palavras… querer impor seu modo de pensar no outro -mesmo que de forma doce e suave- é agressivo. Ao ver esse conceito você pode citar ao menos uns 3 repórteres super “educadinhos” que são extremamente agressivos… O outro erro é um que eu sempre cometia: O Silêncio.

As vezes a gente se irrita, e “pune” o outro com o nosso silêncio.image Ao se omitir a gente deixa de compartilhar informações que poderiam ser úteis à resolução do problema, o que nos leva ao fracasso. Mas as vezes a gente se omite achando que está fazendo a coisa certa… “vou esperar a poeira baixar” ou “vou fingir que não aconteceu”… sem saber que isso na verdade só piora. A gente fica remoendo tudo que não disse, cria novas histórias e, depois de um tempo, acaba até se esquecendo de qual era a realidade.

Agora temos todas as ferramentas para resolver nossos problemas com o ponto principal: A Insegurança.

As pessoas ficam violentas ou em silêncio porque elas, de alguma forma, se sentem inseguras para compartilhar suas informações. Além disso, quando nos encontramos em situações de objetivos opostos, nossa resposta inconsciente é de desistir (silêncio) ou enfrentar (agressividade). E é exatamente isso o que não podemos fazer.

Pense em todo diálogo como uma negociação. As pessoas precisam confiar umas nas outras para compartilhar suas informações, e precisam acreditar que o ambiente em questão é seguro.

Imagine a situação hipotética: Você precisa dizer ao seu marido/esposa que a comida deles é horrível (algo que graças a Deus não me aflige!). Esse é um assunto muito sensível e normalmente as pessoas cometem um erro fingindo que não há problema. Da mesma forma, você não pode simplesmente dizer à pessoa “que comida horrível!! Desiste dessa vida ou se mata, inferno!”. Você precisa pensar em qual é o Objetivo em Comum (quando não há um, precisamos repensar o problema e criar um); nesse caso o objetivo comum é criar um ambiente legal onde um agrada ao outro e ninguém precisa sofrer por isso. Então vamos ver algumas técnicas para ajudar nessa abordagem:

1. Se Desculpar -> Para se redimir de um erro e restaurar o respeito

2. Criar um Objetivo em Comum -> Para se redimir de um erro e resolucionar questões mais complexas.

3. Contrastar -> Para se redimir; Para evitar mal-entendidos.

Vamos usar todos agora 🙂

Vamos supor que seu amado/a te preparou aquele jantar horrível. Você estava morrendo de fome, e só de pensar que vai ter que esperar mais um bom tempo até re-preparar o jantar ferve de raiva… ai solta um “Mas que coisa horrível! Eu já vi prisões servindo lavagem melhor que isso!” … hmmm… você exagerou… você sentiu a Segurança da conversa sumir mais rápido que o ar de um balão jogado no vácuo. Você obviamente precisa se desculpar para restaurar o respeito e, depois, a segurança.

Então você tenta restaurar o respeito: “Amor… me desculpe. Eu exagerei e fui injusto com seu esforço. Realmente me desculpe” Ponto! Você foi macho ou fêmea o suficiente para reconhecer um erro e se desculpar. Isso é MUITO difícil e eu estou orgulhoso 😉 Mas você ainda precisa recuperar a segurança da conversa:

“Amor, eu entendo que você tenha se esforçado muito para preparar esse jantar, e agradeço por isso. Mas infelizmente a comida não ficou saborosa… isso de forma alguma te desqualifica como o amor da minha vida, e eu não deixaria de te amar por isso!” -> reparou como usa-se o contraste? Eu disse isso, mas não quis dizer aquilo. Deixe claro seu propósito!image

Agora falta você criar um objetivo em comum:

Um ambiente gostoso em família, com uma boa refeição.

Algumas opções:

· “Eu sei que você se esforça para fazer o seu melhor… mas acho que nos falta um pouco de conhecimento técnico!! Que acha da gente fazer um cursinho relâmpago de culinária?! Ou então, que acha da gente começar a cozinhar junto e chamar o amigo X para compartilhar umas dicas!”

· “Ah amor, mas você tem se desgastado tanto para cozinhar para mim, e acaba sendo ruim para os dois, você perde seu tempo e eu prefiro outro estilo culinário… que acha de eu começar a cozinhar para você? Ou então de contratarmos um/uma cozinheira?!”

· “Amor, não é que a comida esteja inaproveitável… mas você lembra que eu falei que eu tenho baixíssima tolerância ao Sal? Além disso coentro é um tempero muito forte, mesmo que você use só um pouquinho a comida inteira fica com um gosto super forte, entendeu? São alguns detalhes Alegre

Esse é um exemplo hipotético, mas o que importa mesmo é a gente se treinar para identificar Agressividade ou Silêncio nas conversas, parar tudo e restaurar a segurança. Lembre-se que as pessoas nervosas ficam com o raciocínio prejudicado. Lembre-se também de fazer isso com fatos, e não histórias. A parte mais complexa e que exige mais treino é a de se “abstrair do problema”, identificar o erro e criar um propósito comum.

Eu falei aqui menos de 1/10 do livro. E foi o décimo que mais importou para mim. Eu, assim como aprendi na faculdade, recomendo a todos não aceitar apenas minha opinião aqui, e beber direto da fonte 🙂 Para os que falam inglês, a versão eletrônica do livro custa menos de R$10,00 na Amazon.br . Para o pessoal que acha que “a firma” pode se interessar, manda esse Link para o seu RH 🙂

Afinal, se nós tivermos sempre um objetivo em comum vamos sempre trabalhar juntos para atingi-lo mais rápido. É assim que empresas são bem sucedidas, e relacionamentos não precisam acabar tão fácil 🙂

Abraços,

Conversas Cruciais – Histórias e Fatos (parte II/III)

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Semana passada eu contei um pouco sobre o que aprendi no curso “Conversas Cruciais”da VitalSmarts. O princípio do “Cérebro Reptiliano” e seus efeitos sobre nós em momentos de tensão são muito importantes, mas acho que faltou algo do mais básico antes. Por exemplo, o que é uma Conversa Crucial?

O Curso identifica como Crucial, uma conversa que tenha 3 fatores em conjunto:

1 – Muita Emoção

Como por exemplo quando alguém vai te fazer uma crítica e aquela emoção de “eu preciso defender minha dignidade e imagem” fala mais alto do que sua consciência no “é… eu errei”.

2 – Algo importante em Jogo

Novamente sua reputação, ou o futuro de um projeto, relacionamento, entre outros.image

3 – Opiniões Divergentes

Meio óbvio aqui… se não houver opiniões divergentes, não tem o que dar erro… ou tem?

Agora que sabemos identificar o que é uma Conversa Crucial, vale observarmos algo fundamental sobre o ser humano… primeiro, as vezes tendemos a achar que nossos problemas são maiores que os dos outros. Segundo, a gente raramente enxerga os próprios erros…

Agora lembra do Cérebro Reptiliano reagindo a uma ameaça?! Sua inteligência tão limitada quanto a de um gorila? Então… nesse momento você perde também a capacidade de self awareness… ou “auto percepção”. Isso significa que, em uma discussão, a pessoa sempre vai lembrar dos tapas que você deu nela, mas raramente dos que ela deu em você.

Por isso que essa segunda parte é, na minha opinião uma das mais importantes. Para evitar problemas de Percepção, uma vez que ela é falha, nós precisamos pensar nos FATOS. Eis então o tópico principal, a diferença entre Fato e Histórias.

Vou dar um exemplo prático que inventei de uma história que eu ouvi aqui na minha da empresa de um amigo. Lá há três formas de contratação: Estágio, Terceirizado (3º), e Efetivo.

imageQuando eu era Um estagiário ouvia dos 3ºs as maiores barbaridades a respeito de discriminação, algo que nunca comprovou quando eu virou ele mesmo um 3º… mas enfim, havia essa história:

Fulano (3º) estava na copa, e ciclano (Efetivo) veio na direção dele, como se fosse falar algo… ai olhou o crachá (de 3º) do Fulano e virou as costas e foi embora porque viu que ele era 3º…

História 1: Ciclano é um filho da #%p& que não se mistura com 3ºs…  eu sofro sendo um 3º discriminado!

Bom, vamos agora separar a história dos fatos e reanalisar isso:

Sujeito 1 está parado. Sujeito 2, aparentemente vai falar com 1 mas, após olhar para o crachá, parece mudar de ideia.

Na primeira história, Sujeito 2 é um desgraçado. Mas será essa a única explicação plausível? Com base nos fatos, vamos pensar em outra história:

História 2 – Ciclano acabou de ser promovido de 3º para Efetivo e está com dúvidas de como funciona o novo sistema exclusivo para Efetivos. Ele vai falar com o conhecido Fulano, mas ao ver o crachá lembra-se que Fulano é 3o e não conhece o sistema. Para evitar que Fulano ache que ele está “se gabando” falando de sua contratação ele muda de direção e vai direto para o RH.

Pronto! Temos ai, para o mesmo fato, duas histórias completamente opostas. E o mesmo fazemos em nossas vidas todos os dias. Nós temos a mania idiota de sempre esperar que as pessoas que nos amam tomarão as piores atitudes possíveis.

No curso os autores aconselham: “Pergunte-se: Por que uma pessoa razoável, racional, e decente faria algo assim?” Essa pergunta te força a contestar sua história maluca. “Eu conheço ciclano… porque ciclano faria algo mesquinho, soberbo, e arrogante assim?“

O Primeiro passo para resolver nossos problemas de comunicação é reconhecer que erramos, e que perdemos nosso raciocínio precioso nos momentos de raiva. O Segundo é pensar nos FATOS, não nas HISTÓRIAS.

Quando precisar ter uma conversa sensível com alguém, comece com os FATOS, depois conte sua História. Pergunte ao outro qual a história dele, e encoraje a argumentação. Algo como:

Fulano – Nossa Ciclano, reparei que você abriu a boca para me falar algo, mas desviou o olhar para meu crachá e se calou. Fiquei me perguntando o porque você teria feito isso.. cheguei até a pensar que talvez você não quisesse falar comigo por causa de algo no meu crachá… há algum problema? O que te fez mudar de ideia?

Ciclano – Ah…. Desculpa Fulano se você percebeu… infelizmente eu ia perguntar algo sobre o telefone da empresa, mas lembrei que só Efetivos tem telefone… desculpa se eu te constrangi de alguma forma. Meu intuito quando eu mudei de direção foi justamente o de evitar isso. Realmente eu lamento.”

Smiley piscando 

Imagine quantos problemas de comunicação você poderia ter resolvido com essa técnica ao invés de uma longa briga e dolorosa reconciliação?

Abraços,

Conversas de bar… de Geeks num bar… só que na net… faz sentido?