Conversas Cruciais (parte I/III)

imageEu tive a maravilhosa oportunidade de participar do curso da VitalSmarts sobre “Crucial Convesations” pela Microsoft há algum tempo, e posso dizer: O Curso é Ótimo!

O intuito da Microsoft é – obviamente – nos embasar profissionalmente para lidar com adversidades no ambiente de trabalho, opiniões diversas, e chegar mais rapidamente a decisões difíceis em reuniões. Mas o curso vai muito além do ambiente de trabalho!

Conversas são a base de relacionamentos, e esses, por sua vez, são a base das comunidades, do ser humano. Como retratado em obras como Les enfants Sauvages, O Sr. das Moscas, entre outros, o homem é um ser Social e precisa, portanto, saber conversar (e de regras!).

O problema é que poucos sabem conversar… E não significa que os que sabem não cometam erros… o problema é bem maior.

imageSem contar muito do livro, os autores começam abordando o tema do “Cérebro Reptiliano”. Nessa teoria, o cérebro humano foi se desenvolvendo ao longo do tempo, passando do mais básico, com nossos instintos mais escusos, como agressividade, dominância, e territorialidade, para os mais avançados. Isso reflete o fato de que, há dezenas de milhares de anos, quando as coisas ficavam feias, eu não precisava Raciocinar… eu precisava era correr daquele Dentes-de-Sabre (no caso, correr mais rápido que o cara do lado Smiley mostrando a língua), precisava subir em uma árvore, sair na porrada, e assim por diante. Desse jeito, ao ver alguma ameaça, nosso corpo libera o hormônio adrenalina, que aumenta nossa circulação, e estimula o fluxo do sangue para os membros (dentre inúmeras outras coisas). Quando o sangue sai da cabeça para as pernas e braços, o sujeito “Fica Branco”.. consequentemente o sujeito fica temporariamente tão inteligente quanto um gorila Smiley piscando.

Essa é a forma que a evolução nos treinou para reagir a “ameaças” e foi o que nos manteve vivos para contar a história. Mas a implicação imediata disso nas nossas vidas é que, nos momentos mais importantes, nós ficamos absolutamente estúpidos… vem aquela sensação maldita de “Por que diabos eu ofendi aquela pessoa?!” ou “Não consigo entender o que me levou a dar um soco no Fulano… agora que eu paro para pensar, vejo que foi desnecessário”, ou os mais comuns como  “Aquela vaca me xingou! Devia ter falado isso, aquilo, e mais isso para ela! Por que a gente nunca pensa nisso na hora?!”.

Bem a resposta é essa… a gente não pensa nisso na hora simplesmente porque, na hora, a gente não pensa. E o problema é que nós, geralmente, identificamos uma discussão como uma situação de ameaça.

“Se meu filho ainda não ligou, a única explicação possível é que ele foi sequestrado!”

“Se meu marido ainda não ligou, a única explicação possível é que ele foi sequestrado está com aquela vadia!”

“Se minha mulher ainda não ligou, a única explicação possível é que ela está com aquela vadia aquele safado!”

Ai quando você finalmente liga para sua mãe, Mulher, ou Marido, ao invés de um doce “Oi amor!” vem um “Seu *&%&$#H$, ONDE VOCÊ SE ENFIOU?!?!?! ESTOU TENTANDO FALAR COM VOCÊ HÁ HORAS!”

Então aqui vem a pergunta crucial: “Ok Daniel, mas se, pela evolução, nós tendemos a não extrair o melhor do nosso raciocínio lógico quando sob ameaça, então o que fazer? Não tem como resolver!”

Ai que entra o treinamento! O Primeiro Passo para tratar um problema, sempre é reconhecer a sua existência. Com treinamento, nós podemos identificar essas situações em que ficamos agressivos e nos forçar a pensar. Se faça uma pergunta difícil… pense em como resolver um problema complexo… peça 5 minutos para esfriar a cabeça e vai jogar Sudoku.

Você vai ver que, depois desses cinco minutos, você estará bem menos nervoso/nervosa. Somando isso às outras técnicas, você pode, com o tempo, começar a se conhecer melhor, e evitar MUITA dor de cabeça desnecessária. Alegre

Semana que vem eu conto mais uma técnica Smiley piscando

Abraços,

9 comentários em “Conversas Cruciais (parte I/III)”

  1. Ano passado fiz um workshop em que um dos temas foi “o cérebro e a evolução da mente” e a abordagem foi semelhante, não podemos ignorar nossa condição de “animal” ao tentar entender nosso comportamento.
    ótimo post cara, parabéns.

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    1. De fato estudar o passado geralmente nos dá inúmeros insights sobre nosso presente e futuro. Depois falo mais sobre isso abordando como nossa evolução afeta hoje nossa Memória, Alimentação, etc 🙂

      Obrigado pelo comentário!

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    1. Fala Helder! De fato o curso foi maravilhoso, e não só para o profissional. E muito obrigado pelo link! Fico feliz que o texto tenha sido útil!

      A propósito, parabéns pelo portal 😉

      Abraços,

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  2. Opa, muito obrigado também!!!
    Gostei do novo texto, esse curso dá assunto hein, rs

    Espero que mantenha compartilhando com os outros estes conhecimentos aqui no blog! Muito bom! Abs

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